Um dos maiores jogadores da história da Ucrânia, Andriy Shevchenko tem passado por momentos difíceis ao acompanhar a invasão da Rússia ao seu país. O ex-jogador afirmou, em uma entrevista, que a invasão fez ele se desligar do futebol, além de pedir o fim da guerra.
O ex-atacante do Chelsea, que passou cinco anos como técnico da seleção de seu país entre 2016 e 2021, está entre aqueles que estão assistindo de longe uma invasão a sua terra natal.
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Shevchenko disse à Sky Sports: “Estou muito orgulhoso de ser ucraniano. É um momento muito difícil para o meu país, meu povo e minha família. Minha mãe (Mykola) e minha irmã (Elena) estão em Kiev, e há coisas terríveis acontecendo. Pessoas estão morrendo, crianças estão morrendo, mísseis estão apontados para as casas."
“Precisamos parar esta guerra, precisamos encontrar uma maneira de parar a guerra. Minha mãe e minha irmã, como a maioria do povo ucraniano, estão se recusando a sair, estão lutando por nossa liberdade, por nossa alma.
“É um dos momentos mais difíceis da história da Ucrânia, mas as pessoas estão realmente unidas, porque queremos liberdade e defender nossas casas."
“Temos refugiados, precisamos de ajuda humanitária, de apoio médico, de alimentos. Parece que posso fazer muito aqui, e vou fazer.”
(C)Getty ImagesPor conta da invasão da Rússia à Ucrânia, sanções estão sendo impostas a instituições financeiras e políticas russas por governos e empresas de todo o mundo, com a Fifa e a Uefa também retirando o país dos direitos de sediar a final da Liga dos Campeões, suspendendo a seleção dos play-offs da Copa do Mundo e os clubes das competições europeias.
Shevchenko falou sobre os esforços para restaurar a paz o mais rápido possível: “É uma grande reação de instituições como a Uefa e a Fifa para tomar a decisão certa. Não acho que seja uma decisão difícil. Quando você ataca um país, quando você começa a mandar bombas e soldados; não é um conflito, é uma guerra real."
“Quando a guerra não parou, acho que é a decisão certa não permitir que nenhum atleta russo participe de qualquer evento esportivo. O futebol não existe mais para mim. Eu não penso nisso. Não é hora para isso. Não estou assistindo nada, nenhum esporte, nada."
“Toda a minha concentração, quando acordo, penso em como posso ajudar meu país, o que posso fazer. Comecei a ligar para meus pais, meus amigos, para saber o que está acontecendo na Ucrânia.
“Para mim, este é o meu campo, esta é a minha concentração agora.”
Shevchenko conquistou uma Liga dos Campeões, em 2003, com o Milan, além de ter uma forte ligação com o Chelsea. Em 2004, ele ganhou a Bola de Ouro, da revista France Football, ao ser escolhido como melhor jogador do mundo.
