Cássio, goleiro do Corinthians, em partida da temporada 2023Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Cássio é o mais certo nas horas incertas do Corinthians

O Corinthians tem vivido um dos momentos mais turbulentos em sua história recente. Seja pelos resultados obtidos, que não agradam a torcida e já custaram a saída de Fernando Lázaro do cargo de técnico, quanto, em especial, por todas as polêmicas e protestos que envolveram a escolha de Cuca para o comando da equipe. E em meio a um período de tanta incerteza, quem apareceu como símbolo de segurança foi o herói de sempre: Cássio, que agora se isolou como maior pegador de pênaltis na história do clube.

No segundo e último jogo sob o comando de Cuca, sendo o primeiro uma derrota para o Goiás no Brasileirão, o Corinthians precisou das disputas alternadas para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil. Jogando em casa, os alvinegros só conseguiram devolver os 2 a 0 sofridos na ida contra o Remo nos minutos finais. Adson abriu a contagem logo no início, mas foi apenas nos acréscimos do segundo tempo que Roger Guedes, outro grande destaque do time em meio a este período de irregularidade, conseguiu fazer o gol que evitava a eliminação no tempo regulamentar frente aos paraenses. Assistência de Fágner, outro que há tempos é decisivo no clube.

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Mas a vitória por 2 a 0 ainda não garantia nada. O classificado seria definido nos pênaltis, e foi exatamente através da marca da cal que os alvinegros tinham caído no Paulistão de 2023, frente ao Ituano, no primeiro grande trauma da atual temporada. Em situações deste tipo, a dúvida corintiana vai toda para a capacidade de seus batedores. Sob as traves, Cássio é garantia e quase certeza de que os adversários irão desperdiçar ao menos uma cobrança. E contra o Remo, aconteceu de novo: Leonan bateu rasteiro e o maior arqueiro da história do clube voou no canto para espalmar.

Já são 28 pênaltis defendidos pelo Corinthians, superando os 27 de Ronaldo Giovanelli. A classificação às oitavas de final representa um fôlego momentâneo, um respiro em meio a uma crise que sabe-se lá quando vai acabar. Mas se um dia o Fiel torcedor entoou nos estádios uma paródia da música “Amigo”, eternizada nas vozes de Roberto e Erasmo Carlos, um trecho em especial serviria como uma luva para as mãos de Cássio: “você é o mais certo das horas incertas”.

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