De Everton Ribeiro a Neymar, os 25 maiores jogadores do Brasileirão no século 21

Um dos maiores craques da história do futebol brasileiro, Neymar é a prova de que não é preciso, necessariamente, ter um título brasileiro para entrar na lista de maiores da competição.

Ao longo de cinco edições (entre 2009 e um único jogo de 2013), foram 54 gols e 22 assistências com a camisa do Santos, além de momentos de pura magia – como o golaço no épico jogo contra o Flamengo, que lhe rendeu o Prêmio Puskas de 2011.

Um dos melhores jogadores nos títulos tanto do Botafogo em 2024, quanto do Atlético-MG em 2021 (conquistas que encerraram longos jejuns para os alvinegros), Savarino cravou seu nome entre os melhores do Brasileirão no século ao ser decisivo especialmente para o tricampeonato do Glorioso.

Artilheiro do time na campanha (8 gols) e principal garçom botafoguense (7 assistências), Savarino balançou as redes e deu assistência na “decisão” contra o Palmeiras, pela 36ª rodada, em vitória que recolocou o Botafogo na ponta da tabela contra os alviverdes, encaminhou o título nacional através de um golaço na dura partida contra o Internacional, no Beira-Rio, e fez o primeiro do jogo do título contra o São Paulo.

Quando falarmos em grandes protagonistas de um título brasileiro, será impossível não relembrar Darío Conca no Fluminense de 2010. O franzino argentino conseguiu um feito raríssimo: disputou todas as 38 rodadas. E foi decisivo quase que em cada jogo.

O caminho rumo ao título foi sacramentado com nove gols e um incrível número de 18 assistências – um recorde até hoje no formato de pontos corridos com 20 times, de 2006 para cá. Ao todo, Conca disputou um total de sete Brasileirões (um pelo Vasco, cinco pelo Fluminense e um pelo Flamengo).

Melhor jogador do Brasileirão de 2015, conquistado pelo Corinthians, Renato Augusto viveu seus melhores momentos justamente com a camisa do Timão. O camisa 8 dominou o meio-campo com habilidade, grande visão de jogo para assistências e gols – especialmente de longa distância.

Ao lado de Jadson, foi o grande nome daquela equipe treinada por Tite – e posteriormente ganhou lugar na seleção brasileira comandada pelo treinador. Ao todo, Renato disputou 11 edições do Brasileirão (vestindo as camisas de Flamengo, Corinthians e Fluminense).

A força física e as lembranças nada agradáveis do 7 a 1 eram as memórias mais famosas que o brasileiro em geral tinha de Hulk, o atacante. Mas desde que retornou ao Brasil, em 2021, para vestir a camisa do Atlético-MG, Givanildo Vieira de Souza mostrou que é um craque fazedor de gols e pensador do jogo.

Hulk foi o grande protagonista do título brasileiro de 2021, que encerrou 50 anos de jejum desde a conquista de 1971. O feito, construído através de 19 gols e 7 assistências, lhe alçou ao posto de um dos maiores ídolos atleticanos em todos os tempos, rivalizando até mesmo com nomes como Reinaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Grande contratação feita com ajuda do investimento da MSI, Carlos Tévez teve uma passagem intensa pelo Corinthians. A sua saída do clube, em 2006, foi turbulenta, mas a primeira temporada, em 2005, ficou marcada por atuações impressionantes, muitos gols e o título brasileiro. Naquela temporada de 2005 da competição nacional, o atacante argentino marcou 20 gols. No século XXI, nenhum outro atacante corintiano balançou tanto as redes em um Brasileirão. É um dos maiores protagonistas de um título da Série A.

Outro membro do time de 2005 campeão brasileiro que aparece na lista é Jô. Mas o atacante garantiu seu lugar não pelos quatro gols anotados naquela equipe de Tévez, Nilmar, Roger Flores e Carlos Alberto.

Naquele momento, Jô ainda era um jovem que acabara de subir das categorias de base. O seu grande salto como ídolo do Corinthians se deu muitos anos depois, em 2017, quando marcou 18 gols e, além do título brasileiro, terminou o campeonato como artilheiro da competição.

Em uma arrancada impressionante na reta final do Brasileirão de 2009, o Flamengo surpreendeu e ficou com o título que encerrou o seu jejum de 17 anos na competição. É impossível imaginar que aquele título teria sido possível sem o brilho de Dejan Petkovic, mas especialmente de Adriano Imperador.

Os 19 gols marcados, alguns deles com extrema categoria e outros com força descomunal, fizeram do Imperador artilheiro daquele Brasileirão e sacramentou seu lugar entre os maiores ídolos rubro-negros de todos os tempos.

Em 2011, já perdendo a luta para os problemas físicos, o atacante ainda conseguiu fazer um único gol pelo Corinthians na competição. Um único gol que teve caráter histórico: o Timão disputava o título com o Vasco e o empate com o Atlético-MG, na antepenúltima rodada, colocava corintianos e vascaínos empatados em pontos... até Adriano receber uma bola de Emerson Sheik para, quase sem ângulo, desferir um chute cruzado e letal para fazer o Corinthians vencer o jogo e encaminhar aquele título.

A carta de apresentação de Giorgian De Arrascaeta no futebol brasileiro foi com a camisa do Cruzeiro, entre 2015 e 2018, mas foi pelo Flamengo que o craque uruguaio colocou seu nome na história do Brasileirão. Se os muitos gols de Gabigol, Pedro e Bruno Henrique contaram a história dos títulos de 2019 e 2020, muitos destes lances foram criados pelos pés do meia – que também tem uma impressionante veia goleadora, acumulando um total de 59 tentos somados por Flamengo e Cruzeiro.

Um de muitos ídolos que a mais recente era vitoriosa do Palmeiras deu a seus torcedores, Raphael Veiga é nome importantíssimo nos títulos de 2022, mesmo tendo passado boa parte da temporada lesionado, e 2023. Nesta mais recente conquista, sua parceria com Endrick teve importância fundamental para a grande arrancada ao título.

De coadjuvante no título de 2013 a craque da conquista de 2014 com o Cruzeiro, Ricardo Goulart marcou época com a camisa da Raposa fazendo uma parceria avassaladora com Everton Ribeiro. No título de 2013, Ricardo contribuiu com 10 gols e quatro assistências. Já no ano seguinte, foram 15 tentos e duas assistências.

Um dos símbolos do São Paulo hegemônico da primeira década deste século, Hernanes foi protagonista nos títulos brasileiros de 2007 e 2008, quando uniu força e visão de jogo para ser um dos principais intérpretes do que Muricy Ramalho pedia de seus comandados em campo. Ainda disputou outras edições do Brasileirão pelo Tricolor Paulista, inclusive marcando 9 gols em 2017, ajudando o clube a evitar o rebaixamento.

Quem é o maior ídolo da história do Corinthians? Independentemente da opinião de cada um, Cássio estará na lista como grande candidato. O goleiro, que defendeu os alvinegros entre 2012 e 2024, garantiu seu lugar na história do Brasileirão como um dos atletas com mais partidas disputadas (mais de 400) e foi campeão brasileiro em 2015 e 2017 pelo Timão.

Recordista de jogos de Brasileirão, com mais de 700 partidas, Fábio atualmente veste a camisa do Fluminense e também já calçou as luvas pelo Vasco da Gama. Mas foi pelo Cruzeiro que o arqueiro escreveu seu nome na história como um dos maiores ídolos da Raposa. Sempre com atuações decisivas, levantou o título da Série A duas vezes: em 2013 e 2014.

Em uma lista repleta de goleiros, é impossível não citar Weverton. Ídolo do Palmeiras, ele esteve presente nos títulos brasileiros de 2018, 2022 e 2023. O pênalti defendido contra o Botafogo, no jogo que marcou a virada rumo ao título de 2023, fica como momento marcante de Weverton na competição, mas a verdade é que a coleção de boas memórias para os palmeirenses é muito grande tendo o camisa 21 sob as traves.

O único tricampeão consecutivo do Brasileirão foi o São Paulo comandado por Muricy Ramalho, equipe que também ficou conhecida pelo desenho de três zagueiros. E Miranda foi o maior símbolo deste esquema defensivo, dando segurança ao time e sendo, também, arma no jogo aéreo. Antes de rumar para a Europa, onde também fez sucesso por clubes como Atlético de Madrid, Miranda foi campeão dos Brasileiros de 2006, 2007 e 2008.

Quando se falar em maiores times da história do Brasileirão, o Cruzeiro de 2003 obrigatoriamente vai ocupar um espaço de destaque. Depois de ter garantido os títulos mineiro e de Copa do Brasil naquele ano, a Raposa terminou com o troféu da primeira edição do Campeonato Brasileiro de pontos corridos. E muito graças ao talento e aos golaços de Alex.

Com aquele único título, o camisa 10 conseguiu se estabelecer como um dos maiores craques, dos maiores protagonistas, da história do Brasileirão. Foram 23 gols em 38 jogos, sendo cinco deles anotados logo de uma vez contra o Bahia, em uma goleada de 7 a 0 na última rodada.

O ídolo do Flamengo foi campeão brasileiro em 2019 e 2020, marcando centenas de gols e colocando seu nome na história como craque e, também, como um dos maiores goleadores da era dos pontos corridos. Pelo Santos, em 2018, foi artilheiro da competição marcando 18 vezes. Já no mágico ano de 2019, foram incríveis 25 bolas nas redes – número que aliado às oito assistências lhe colocaram como recordista em participação em gols em uma única temporada (33) desde 2006.

Diego foi um dos craques do título do Santos em 2002, no último Brasileirão de mata-mata antes da introdução dos pontos corridos. Em 2004, o meia chegou a disputar as primeiras rodadas na campanha que terminaria com mais um título. Estes troféus, somados às conquistas de 2019 e 2020 pelo Flamengo fazem de Diego Ribas um dos maiores campeões da história do Brasileirão.

Em seu primeiro título de Brasileirão, pelo Flamengo em 2009, Emerson Sheik teve participação relativamente pequena: disputou apenas 14 jogos, marcando 7 gols, antes de se transferir no meio da temporada para os Emirados Árabes. De volta ao Brasil no ano seguinte, disputou a metade final da campanha do Fluminense em 2010 e fez o gol que sacramentou o título tricolor, na última rodada, contra o Guarani – no total daquela campanha, foram 8.

Pelo Corinthians em 2011, fez menos gols que nos anos anteriores (6), mas disputou número maior de jogos e completou o seu tricampeonato particular como um dos grandes destaques daquela equipe. Anos depois, em 2015, continuou a mostrar sua importância e ajudou o Timão quando necessário para aumentar ainda mais sua idolatria perante a Fiel. Quatro títulos no total.

No Século XXI, ninguém conquistou mais títulos de Brasileirão do que Dagoberto. Os cinco troféus foram divididos entre Athletico-PR (2001), São Paulo (2007, 2008) e Cruzeiro (2013, 2014) e cada um marcou um momento de sua carreira. O primeiro, pelo Furacão, com poucas participações enquanto ainda fazia a transição da base para o profissional; os dois pelo São Paulo marcaram seu auge enquanto atacante e os últimos, pelo Cruzeiro, vieram já num momento em que Dagoberto começava a virar mais um coadjuvante bastante útil. Em todos os tempos, apenas a trinca Pelé-Lima-Pepe (com seis títulos pelo Santos) foi mais vezes campeão brasileiro.

Grande jogador do Palmeiras no século, Dudu simbolizou a transformação do clube alviverde em um time novamente vitorioso a partir de 2015. Quase sempre decisivo com gols e assistências (foram 53 tentos e 61 assistências com a camisa palmeirense na competição), foi campeão quatro vezes. Todas pelo Palmeiras – em 2016, 2018, 2022 e 2023. Nenhum jogador foi tantas vezes campeão com um único clube no Brasileirão de pontos corridos.

Campeão pelo Fluminense em 2010, com participação mais tímida, e em 2012 sendo o grande protagonista, Fred está na história do Brasileirão como o grande artilheiro sob o formato de pontos corridos: foram 158 gols, a enorme maioria anotados com a camisa do Tricolor Carioca.

Maior ídolo do São Paulo, capitão na conquista do tricampeonato em 2006-2007-2008, autor de grandes defesas ao longo de inúmeras campanhas e autor de incríveis 65 gols, sendo 59 deles anotados no Século XXI. Sim, um goleiro! Rogério Ceni é um dos maiores nomes do Brasileirão em todos os tempos.

Craque do Cruzeiro campeão em 2013 e 2014, somando 13 gols e 22 assistências ao longo do bicampeonato da Raposa. Figura imprescindível para o Flamengo ao longo de anos, campeão pelo Rubro-Negro em 2019 e 2020 com um total de 9 gols e 12 assistências. Dono de uma habilidade ímpar para conduzir o jogo, encontrar espaços, dar passes decisivos e fazer gols importantes. Se juntarmos todas as valências possíveis, entre número de títulos e importância para que eles acontecessem, Everton Ribeiro surge como grande craque da história do Campeonato Brasileiro neste século.