Hulk, Ronaldinho Gaúcho, Victor, Diego Tardelli e o ranking dos 25 maiores jogadores do Atlético-MG no século 21

O lateral-direito chegou ao Galo em 2021 e foi titular ao longo dos títulos importantes conquistados desde então. E segue como peça importante na temporada 2024, que terminou com o vice-campeonato da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.

Com 301 jogos vestindo a camisa alvinegra, Marcos Rocha é um dos defensores que mais representaram o Atlético-MG nos últimos anos. Dono da lateral-direita entre 2012 e 2017, participou de títulos históricos, como a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014.

Também foi campeão mineiro em quatro ocasiões (2012, 2013, 2015 e 2017), além de ter levantado as taças da Recopa Sul-Americana de 2014. Deixou o Galo em 2018, para o Palmeiras – onde continua a mostrar ser um dos principais de sua posição em uma década de futebol brasileiro.

Embora os principais feitos de Guilherme vestindo a camisa 9 do Galo tenham sido no Século XX, especialmente em 1999 e na conquista do Campeonato Mineiro de 2000, o atacante era a grande referência atleticana, ao lado de Marques, até 2002. Até a chegada de Diego Tardelli, e depois Hulk, era Guilherme quem ocupava o lugar mais alto do ranking de goleadores do Galo no século: foram 76 gols no total.

A conquista do Brasileirão era uma obsessão atleticana após longos anos desde o título de 1971. Quando voltou a levantar a taça do Campeonato Brasileiro, em 2021, o Galo contou com um verdadeiro esquadrão, mas o momento em que o objetivo foi matematicamente sacramentado foi protagonizado por Keno.

Os dois gols marcados na virada sobre o Bahia, no jogo do título, estão na história do clube. Assim como o atacante. Entre 2020 e 2022, foram 125 jogos, 25 gols e 18 assistências, além dos títulos brasileiro e da Copa do Brasil em 2021, três Campeonatos Mineiro (2020, 2021, 2022) e uma Supercopa do Brasil (2022).

Um ainda jovem Gilberto Silva foi o primeiro grande craque do Atlético-MG na virada do século, afinal de contas o volante ganhou notoriedade global após sua participação no título de Copa do Mundo de 2002, pelo Brasil.

Gilberto virou uma lenda do Arsenal, na Inglaterra, foi ídolo do Panathinaikos, da Grécia, e quando voltou ao Brasil os atleticanos ficaram um pouco decepcionados pela escolha pelo Grêmio, entre 2011 e 2012.

No entanto, quando enfim retornou ao Galo, no último ano de sua carreira, ajudou o Atlético nas conquistas do Campeonato Mineiro e da Libertadores em 2013 – e embora não fosse mais um titular, era um reserva pra lá de útil e uma voz de experiência no vestiário.

O habilidoso venezuelano foi um nome importante do Galo entre 2020 e 2022. No total, foram 99 jogos, 21 gols e 19 assistências. Apesar de lutar para ser unanimidade no time titular, deixou uma ótima impressão para os torcedores até sua despedida. Foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021, tricampeão Mineiro (2020, 2021, 2022) e também levantou uma Supercopa do Brasil em 2022.

Poucos lembram, mas Everson chegou ao Atlético-MG sem muito alarde, em 2020, como pedido especial do técnico Jorge Sampaoli para contribuir não apenas com defesas, mas também com a bola nos pés ajudando o time na saída de bola. De lá para cá, o goleiro foi absoluto sob as traves atleticanas.

Nome importante nos títulos brasileiro e de Copa do Brasil em 2021 e Supercopa do Brasil em 2022, Everson também foi tetracampeão mineiro (2021, 2022, 2023 e 2024).

Volante daqueles que deixam pouca coisa passar, Pierre chegou ao Atlético-MG em 2011 e ajudou o clube a escapar do rebaixamento. Nos anos seguintes, contudo, os objetivos seriam muito mais nobres. Apesar de jamais ter feito um gol pelo time, até sua despedida em 2015, Pierre foi um leão no meio-campo atleticano campeão da Libertadores em 2013, Copa do Brasil de 2014 e Recopa Sul-Americana do mesmo ano, além dos estaduais de 2012 e 2013.

Se nos últimos anos o Atlético-MG voltou a ser uma das grandes potências do futebol brasileiro, é muito devido aos gols de Hulk. Isso é claro. Mas todo time campeão precisa de uma defesa confiável, e na zaga atleticana desde 2020 (com um ano de hiato em sua passagem pelo futebol russo) Júnior Alonso é a grande referência. Parte da geração campeã brasileira e da Copa do Brasil de 2021, além dos estaduais de 2020, 2021 e 2022.

A velocidade, o drible e o sorriso juvenil ficaram na lembrança da participação de Bernard na histórica campanha de 2013. E olha que é difícil aparecer bem com dribles e gols e sorrisos quando seu companheiro de time é Ronaldinho Gaúcho. Bernard jogou pelo Galo entre 2011 e 2013, e retornou ao clube em 2024. Foi campeão mineiro em 2012 e 2013, além de ter sido peça importante na Libertadores de 2013.

Opção no banco de reservas em 2013, Luan ficou conhecido pelo apelido de “Menino Maluquinho” -- que sintetizava o seu futebol moleque, de dribles e ousadia. Deixou o Galo em 2019 com uma respeitável lista de títulos (Libertadores, Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana e três Campeonatos Mineiro) e um total de 49 gols que ainda o colocam no Top 5 de maiores artilheiros do clube no século. O gol marcado no jogo de ida da final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, é dos momentos que eternizaram o atacante no clube.

Quando chegou ao Atlético-MG, em 2012, Jô estava em baixa após duas temporadas fracas e com algumas polêmicas no Internacional. Quando deixou o Galo, em 2015, havia recuperado sua carreira e entrado na lista de ídolos históricos do clube.

Fazendo grande parceria com Ronaldinho Gaúcho, o atacante aproveitou a habilidade de R10 para balançar as redes. Foi o artilheiro do time na campanha que terminou com o título da Libertadores, em 2013, inclusive marcando gol na final contra o Olímpia. Também estava no elenco que foi campeão da Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana em 2014, e também comemorou dois títulos mineiros (com importância maior em 2013 e já indo embora em 2015).

O meia-atacante argentino chegou ao Atlético como grande contratação em 2020, e conseguiu entrar no Top 5 de maiores artilheiros estrangeiros da história do Galo. Apesar de conviver com mais lesões do que gostaria, o futebol jogado e os títulos conquistados, de lá até aqui, são o bastante para fazer de Zaracho um dos grandes xodós atuais da torcida alvinegra.

Contratado logo após a conquista da Libertadores, em 2013, Dátolo teve uma temporada brilhante no ano seguinte: fez gol na final de Copa do Brasil vencida sobre o Cruzeiro, em 2014, e deu a assistência para Diego Tardelli sacramentar a conquista no jogo de volta.

Já seria suficiente para colocá-lo em lugar importante nesta lista. Entre algumas lesões que atrapalharam a sua sequência, foram 18 gols e 15 assistências em 121 duelos com a camisa atleticana.

Um dos maiores ídolos da história do Atlético, Marques é outro que viveu seu auge na passagem dos séculos XX para XXI. E de 2001 pra cá, sua história de amor com o Galo foi só aumentando. Sua primeira passagem foi entre 1997 e 2002; a segunda aconteceu entre 2005 e 2006; a terceira e última foi entre 2008 e 2010.

Apesar de não ter feito parte dos elencos que protagonizaram grandes conquistas nacionais e internacionais, Marques é prova de que o conceito de idolatria vai além das taças. Considerando apenas o século XXI, o único título de Marques pelo Galo foi o Campeonato Mineiro de 2010 – onde fez o gol do título sobre o Ipatinga.

Destaque no Goiás, Josué ganhou títulos históricos por onde passou. Foi assim no São Paulo e até mesmo no Wolfsburg, da Alemanha. No Galo não foi diferente. Apesar de já ser um veterano na época, entre 2013 e 2015 Josué foi pulmão e cérebro no meio-campo do Atlético. Os títulos de Libertadores, Copa do Brasil e estaduais falam por si.

Um dos protagonistas do Atlético-MG desde 2020, Guilherme Arana é decisivo e, não à toa, costuma ser convocado para a lateral esquerda da seleção brasileira. Sua história continua a ser escrita, mas a idolatria pelos feitos vestindo a camisa do Galo já está garantida.

O apelido de “General”, recebido por Leandro Donizete, mostra o tamanho de sua entrega e da idolatria que o volante conquistou ao longo de cinco anos representando o Atlético-MG. Entre 2012 e 2016, o camisa 8 foi presença constante nos títulos históricos que marcaram aquelas equipes.

Foram apenas duas temporadas pelo Galo, 2021 e 2022, mas o argentino Ignacio "Nacho" Fernández conseguiu entrar na história do clube como um dos craques do time campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021 – além dos estaduais de 2021 e 2022. Ao todo, foram 19 gols e incríveis 21 assistências em 109 jogos.

Além de ser um zagueiro-artilheiro, dono de 31 gols pelo Atlético-MG, da qualidade que tinha para proteger e sair jogando, coube a Réver a responsabilidade de ser o capitão do Galo nos títulos históricos conquistados a partir de 2013. Somando suas duas passagens pelo clube, foram dez temporadas em preto e branco.

Falando em zagueiro-artilheiro, é impossível não trazer o nome de Léo Silva. Foram nove temporadas a serviço do Galo, mas a idolatria já estaria eternizada no gol marcado aos 87 minutos da final de Libertadores, contra o Olímpia, que levou a disputa para os pênaltis antes de o título ser garantido dentro do Mineirão. Aquele foi, sem dúvidas, o mais importante dos incríveis 36 gols marcados pelo defensor.

Maior artilheiro do clube no século até ser ultrapassado, recentemente, por Hulk, Diego Tardelli tem uma história linda no Galo. Chegou em baixa em 2009, mas no Atlético encontrou o seu melhor futebol.

Em sua primeira passagem, foram 69 gols e um título mineiro em 2010. Tardelli retornou em 2013, para dar ainda mais corpo ao time que conquistaria a Libertadores. No ano seguinte, na histórica final de Copa do Brasil contra o arquirrival Cruzeiro, fez o gol do título. Sua última passagem, entre 2020 e 2021, foi breve, mas o dono de 112 gols pelo clube já havia – há muito tempo – colocado seu lugar na história do Galo. É um dos favoritos dos torcedores até hoje

“Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro não é mais. Victor é do Galo”. A mensagem, escrita no então Twitter pelo então presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, entrou na história. Victor era destaque no gol do Grêmio, já havia sido convocado para seleção brasileira, e chegou ao Atlético em 2012.

Não fosse suas defesas, seus milagres e o pé esquerdo que defendeu um pênalti tenso contra o Tijuana, nas quartas de final daquela Libertadores de 2013, com certeza o Atlético-MG não seria, hoje, o clube que é. Victor é o maior goleiro da história do clube. Foram dez anos jogando pelo Galo, antes de agora se transformar em dirigente. Pensar em Victor é pensar em Atlético-MG.

Um dos maiores jogadores de todos os tempos, uma espécie de Garrincha do futebol moderno, Ronaldinho Gaúcho havia acabado de sair em baixa do Flamengo em 2012 quando, rapidamente, encontrou um novo clube. O Atlético-MG contratou o meia, mas, por incrível que pareça, pairavam muitas dúvidas sobre a capacidade de R10. Tanto pelo Milan quanto pelo Flamengo, o jogador não conseguia mais entregar regularmente grandes atuações... quis o destino que o Atlético-MG fosse o seu “Canto do Cisne”.

Ronaldinho deu a confiança e o nível de futebol necessário para fazer o Atlético-MG, enfim, voltar a levantar grandes títulos. A Libertadores de 2013, claro, foi o grande feito – além de um Campeonato Mineiro e uma Recopa Sul-Americana. Pelo Galo, R10 só não foi mais importante do que havia sido pelo Barcelona... e isso é muita coisa. No total, foram 27 gols e 28 assistências em 85 partidas.

Com tantos grandes jogadores tendo feito história pelo Atlético-MG, sendo um deles Ronaldinho Gaúcho, a tarefa de ser o maior jogador do clube neste século seria bastante difícil. Mas Hulk já provou, e segue a provar, que é digno de tal lugar.

O atacante foi o grande craque dos títulos do Brasileirão e Copa do Brasil em 2021, é o maior artilheiro do Galo neste século, mas também cria inúmeras chances para seus companheiros de time.

Desde que retornou ao futebol brasileiro, poucos ou nenhum jogador decide tanto. E a história de Hulk no Atlético-MG continua a ser escrita – para o terror dos adversários.