Thomas Tuchel PSG Angers Ligue 1 02102020Getty

Tuchel está ameaçado no PSG e tem jogo decisivo sem estrelas como Neymar e Mbappé

Thomas Tuchel manteve a calma durante entrevista coletiva na última sexta-feira. Pressionado e bombardeado com perguntas que o incomodavam, o treinador do Paris Saint-Germain permaneceu impassível, como se nada pudesse alcançá-lo desta vez.

Futebol ao vivo ou quando quiser? Clique aqui e teste o DAZN grátis por um mês!

Dois dias antes, o time francês levava uma virada do RB Leipzig fora de casa e complicava de vez a situação na Champions League. Finalista na edição anterior, o clube agora amarga o pior início de campanha desde que começou a sua chamada "era milionária" com os investimentos de um grupo do Qatar. 

Mais artigos abaixo

No centro da tempestade, Tuchel poderia ter se defendido na entrevista desta sexta ou mesmo reclamado das críticas que considera exageradas. Mas, ao contrário do que aconteceu quando o PSG perdeu para o Manchester United, desta vez o alemão recebeu os golpes sem pestanejar.

"Talvez um pouco solitário" na equipe, como ele próprio admitiu na coletiva, o ex-comandante do Borussia Dortmund sabe que precisa de resultados. "É a vida de um treinador", afirmou calmamente o técnico, que sabe que nesta fase de pressão não vai contar com o apoio do diretor esportivo Leonardo, com quem não fala há várias semanas.

Tuchel, assim, vai ter que se apagar à comissão técnica e aos seus jogadores para aliviar a pressão neste sábado, no duelo contra o Rennes, às 17h (de Brasília), pelo Campeonato Francês. O problema é que o grupo está dizimado por desfalques como Mbappé, Neymar (que ainda pode pintar na seleção brasileira), Verratti e Icardi, todos lesionados. Para completar, o goleiro Navas (dores musculares) e o zagueiro Kimpembe (contusão no pé) aumentaram a lista de baixas de última hora. 

Desta forma, o alemão mais uma vez nem vai ter muitas dúvidas para montar o time titular para enfrentar a equipe que está em terceiro na tabela (18 pontos, três a menos que o PSG) e tem o segundo melhor ataque da Ligue 1. Uma partida que se tornou capital para o futuro do técnico, mesmo que sua demissão possa custar 10 milhões de euros ao clube - uma quantia significativa num momento em que a diretoria reduz custos.

Após enfrentar o Rennes, o PSG deve fazer uma reunião durante a pausa para os jogos de seleções da Data Fifa para avaliar a primeira parte da temporada. Desfalques à parte, não é loucura imaginar que a diretoria precipite a saída de Tuchel, que tem contrato até 2021, em caso da segunda derrota da equipe no intervalo de três dias. 

Publicidade