Torcida nos estádios: Rio defende, Corinthians ameaça e CBF aguarda governo

E um tema polêmico está começando a fazer barulho no Campeonato Brasileiro: a volta do público aos estádios. A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro anunciou que aprovou o retorno das torcidas à partir de 4 de outubro, com jogo teste no Estádio do Maracanã entre Flamengo e Athletico-PR, seguindo os protocolos de lotação limitada a 30% da capacidade.

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A medida gerou indignação nas redes sociais: enquanto alguns poucos comemoravam, muitos outros não concordaram com a volta do público nos estádios em meio à pandemia. Outro fator que também foi questionado é que a liberação poderia ferir a isonomia do Brasileirão, já que apenas as equipes cariocas teriam torcida como mandantes.

Sobre a liberação, o prefeito da cidade, Marcelo Crivella (Republicanos), deixou claro que é uma medida paliativa para tentar impedir que as pessoas saiam de casa para irem às praias. "Nossa esperança é que as pessoas indo para os estádios no domingo não vão para a praia. Estamos tentando combinar, até antecipar os horários dos jogos um pouco." declarou.

Flamengo torcida 28 11 2019Getty Images

Em resposta à medida, o presidente do Corinthians, Andrés Sánchez, declarou em sua conta no Twitter que o clube paulista não entraria em campo caso os públicos voltassem somente no estado do Rio de Janeiro, afirmando que a equipe só aceita a liberação caso todos os times da Série A tenham a mesma possibilidade.

No Internacional, segundo informações do repórter Carlos Lacerda, o presidente do clube, Marcelo Medeiros, se declarou contra a medida, alegando que ela poderia trazer vantagem esportivas injustas ao Flamengo e a outras equipes do estado, também ameaçando não jogar a competição.

Assim, a decisão fica nas mãos da CBF, que até agora, pouco falou sobre o assunto. A entidade aguarda o posicionamento do Ministério da Saúde antes de tomar qualquer posição sobre a proposta. Segundo o GE, o Corinthians já comunicou sua posição institucional à federação e estaria esperando um posicionamento.

Em julho, o presidente da Comissão Nacional de Médicos de Futebol (órgão ligado a CBF), Jorge Pagura, declarou que acredita que as torcidas só poderiam voltar aos estádios no pós-vacina.

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