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Quase um ano depois, Diniz corrigiu alguns erros de Cuca no São Paulo - e repete outros

Após uma derrota diante do Goiás por 1 a 0, no Morumbi, no dia 25 de setembro de 2019, com o time saindo vaiado de campo, o São Paulo anunciou a demissão de Cuca, seu treinador desde o final de março. No dia seguinte, oficializou a contratação de Fernando Diniz, começando uma nova era no Tricolor.

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O clube vinha de seis jogos com apenas uma vitória e perigava sair da zona de classificação direta para a Copa Libertadores. Com Diniz, arrumou a casinha e conseguiu a classificação, ainda que muitos acreditassem que o técnico não duraria mais de um mês no comando da equipe paulista. Quase um ano depois, o "Dinizismo" está prestes a completar seu primeiro aniversário na Barra Funda reencontrando Cuca, seu antecessor no cargo.

Mesmo questionado pela torcida, Fernando Diniz vem em um bom momento no São Paulo: nas últimas seis partidas do Brasileirão, foram quatro vitórias - com direito a triunfo no clássico Majestoso -, um empate e uma derrota, diante do Atlético-MG, onde fez um grande primeiro tempo e a torcida saiu reclamando de decisão polêmica da arbitragem.

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Cuca e Diniz são diferentes, claro, e tiveram trajetórias completamente opostas no Morumbi. Ainda assim, os desafios do atual treinador do Tricolor são similares a alguns que o técnico do Santos não conseguiu ultrapassar - mas tem defeitos novos e corrigiu alguns dos problemas dos tempos do "Cuquismo".

O principal desafio que Diniz vem enfrentando talvez tenha sido o principal problema de Cuca: o São Paulo, hoje, alterna momentos bons e ruins dentro da mesma partida. No tropeço diante do RB Bragantino, foi exatamente isso, com a equipe indo bem no primeiro tempo e tendo um "apagão" no segundo. Foi a mesma coisa com o atual comandante do Santos: as vezes o Tricolor fazia primeiras etapas muito fracas para depois melhorar, como contra Goiás e Chapecoense, ou caía nos momentos finais, como aconteceu diante de Vasco, Internacional e Flamengo de Abel Braga.

Ambos os treinadores não conseguiram encaixar Hernanes no time titular - o desempenho do veterano não vem sendo consistente - e sofreram muito no lado esquerdo, com o mesmo Reinaldo. O time de Diniz cria um número de chances muito maior que o de Cuca - e faz mais gols do que a equipe que teve um desempenho muito fraco em 2019 em termos de artilharia -, mas cai muito de produção ao sair atrás no placar. Pato, também, não teve sucesso com nenhum dos técnicos.

Por outro lado, corrigiu algumas das aflições de do São Paulo de Cuca: o treinador havia pedido a contratação de Vitor Bueno e Tchê Tchê para a diretoria, mas ambos não conseguiram ir bem. Hoje, encontraram um bom futebol e se tornaram titulares com Fernando Diniz, não com o técnico que os bancou no clube. Raniel, Calazans, outros de seus pedidos, não estão nos planos, enquanto que o atual técnico do Tricolor foi mais "certeiro" com a indicação em Luciano, desempenhando ótimo papel.

Daniel Alves também não havia encontrado sua posição com Cuca e vinha sendo questionado, mas assumiu o protagonismo do meio de campo do São Paulo e é, talvez, o principal jogador do time neste ano. Outro fator que Diniz vem levando a melhor do que Cuca é no aproveitamento das categorias de base: a torcida pedia que atletas como Igor Gomes ganhassem oportunidades, mas o então técnico do clube preferia apostar em veteranos. Agora, jogadores que antes não jogavam como Brenner, Paulinho Bóia, Igor Gomes e Diego Costa vem contribuindo.

Fernando Diniz ainda tem outros problemas a corrigir no São Paulo e o encontro com o Santos de Cuca pode ser fundamental para que o treinador fique mais tranquilo no cargo - o empate diante do RB Bragantino já fizeram as cornetas soarem novamente. Um ano depois, o Tricolor "Made in Cotia" encontra um fantasma de um passado recente que parece fazer muito tempo... e tem uma chance de despachá-lo pela última vez.

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