Hulk Atlético-MG La Guaira Libertadores 25/05/2021Pedro Souza / Atlético-MG

O que são NFTs e como elas começam a entrar no mundo do futebol?

Seguindo uma tendência que está cada vez mais forte, o futebol começou a entrar no mundo das NFTs (non-fungible tokens). E no Brasil não é diferente: Atlético-MG e Corinthians já lançaram suas plataformas.

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O Galo, em maio, foi o primeiro time do Brasil a anunciar seu NFT. Fechado em uma parceria com a empresa Sorare, uma plataforma que mistura cards colecionáveis com um fantasy game de futebol, a equipe vem lançando vários uniformes comemorativos autenticados pelo clube como peças de colecionador.

Pouco tempo depois, foi o Corinthians, em evento especial, que anunciou o seu NFT. Agora, tudo indica que outras grandes equipes também investirão na modalidade. E a Goal te explica o que é e o que significa isso.

O que são NFTs?

As NFTs (non-fungible tokens, ou tokens não fungíveis, em tradução livre) estão ganhando cada vez mais espaço no mundo. Basicamente, funciona como um certificado de originalidade e exclusividade ao item em que está atrelada, verificado por blockchain. 

Algo que passa a ser atrelado a uma NFT, então, se torna muito mais valioso e, com isso, não fungível - ou seja, não pode mais ser substituído por um equivalente. Daí vem o "non-fungible'' de sua sigla. 

Por exemplo: uma nota de dois reais pode ser substituída por outra ou duas moedas de um real sem perder seu valor - você vai seguir exatamente com a mesma quantidade de dinheiro que tinha inicialmente. Por outro lado, uma obra de arte, ao ser trocada por outra, mesmo que tão cobiçada quanto, não é equivalente. Este é o princípio das NFTs, atestar que determinados itens são únicos e não possuem um equivalente pelos quais poderiam ser trocados.

Como a NFT está ligada ao futebol?

Com a popularização das NFTs no mundo, clubes de futebol passaram a atrelar suas imagens no produto. Grandes times como Real Madrid, Bayern de Munique, PSG, Liverpool, Juventus, Boca Juniors, Corinthians e Atlético-MG já estão na plataforma.

No caso do mundo do futebol, algumas NFTs estão atreladas a cards de futebol, com imagens de jogadores. Estes cards são colecionáveis e apenas um número limitado deles são produzidos, que podem ser usados em um fantasy game, no estilo do Cartola FC.

Estes cards colecionáveis variam de preço por conta de alguns motivos. Um deles é justamente a NFT, isso porque, por serem limitados, os cards são numerados. Alguns, inclusive, são únicos, como o de Kylian Mbappé na temporada 2020/21, vendido por cerca de 55 mil euros, e o de Luis Suárez, em sua primeira temporada pelo Atlético de Madrid.

Isso faz com que cada um dos cards (únicos, vale a pena lembrar), fique mais valorizada. E os clubes ganham parte desse valor.

Ao todo, são quatro categorias para os cards: único (apenas uma unidade), super-raro (10 unidades), raro (100 unidades) e comum (ilimitado), que determinam o valor de venda de cada um deles, que leva a imagem de um jogador. No elenco do Atlético-MG, por exemplo, a carta de Guilherme Arana é única, ou seja, existe apenas uma unidade dela em circulação, o que é garantido, justamente, pela NFT - a peça foi arrematada por 8,7 mil em um leilão.

Além disso, os cards podem ser usados como peças de um fantasy game, no estilo do Cartola FC, jogo do Grupo Globo, para escalar um time com atletas do Campeonato Brasileiro. Neste caso, as cartas são usadas como peças no jogo.

Isso significa que cada token não é algo apenas imaginário: existe uma unidade por trás, um produto. Mesmo que digital, algo não fungível, ou seja: que tem valor único.

O Corinthians, por exemplo, leiloou camisa histórica de Wladimir, um de seus maiores ídolos, como um NFT. Chance do clube valorizar a sua história, movimentar dinheiro no mercado e dar uma "cara" a um token.

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