Tuca Ferretti TigresN/A

Técnico do Tigres, Tuca Ferretti já teve decepções contra o Palmeiras

Na entrevista coletiva logo após a vitória por 2 a 1 sobre os sul-coreanos do Ulsan Hyundai, que levou o Tigres para a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, o técnico da equipe mexicana disse não temer o Palmeiras, adversário no duelo marcado para às 15h deste domingo (07), no Education City Stadium do Qatar.

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"O Palmeiras é igual a equipe coreana, merece todo o nosso respeito, mas não temos por que menosprezar um nem valorizar demais o outro. Nós tratamos todas as equipes com muito respeito, mas não temos medo de ninguém", disse o treinador Tuca Ferretti, brasileiro naturalizado mexicano.

Tuca Ferretti pode não ter medo do Palmeiras ou de qualquer outro time, e a bem da verdade realmente não deve ter. Mas o Alviverde já provocou algumas tristezas em sua vida. Uma lembrança de décadas atrás, mas ainda assim uma parte na história deste brasileiro que fez sua vida profissional jogando e, depois, treinando dentro do futebol mexicano.

Ricardo “Tuca” Ferretti nasceu no Rio de Janeiro, e antes de ter sua imagem completamente ligada ao futebol mexicano tinha uma ligação profissional e familiar com o Botafogo. O seu irmão mais velho, Fernando Ferretti, é um dos ídolos históricos do Alvinegro, uma espécie de “talismã” que costumava entrar no decorrer dos jogos para fazer bom uso de sua altura para marcar gols de cabeça. No título da Taça Brasil de 1968, Fernando Ferretti – chamado apelas pelo sobrenome - foi artilheiro na campanha vitoriosa e marcou duas vezes nos 4 a 0 aplicados sobre o Fortaleza na finalíssima.

A primeira decepção da família Ferretti em decisões contra o Palmeiras aconteceu logo depois. Em 1969, o irmão de Tuca até conseguiu fazer um gol, mas o Alviverde já havia construído vantagem suficiente para conquistar o Robertão por 3 a 1 sobre o Bota. Tuca Ferretti ainda não jogava nos profissionais do Alvinegro. Fez sua estreia em 1971 e fez parte do time vice-campeão brasileiro em 1972. A decisão foi justamente contra o Palmeiras.  

Tuca Ferretti, então meio-campista, não era um jogador muito utilizado, mas fazia parte do grupo. Um resumão daquela edição do campeonato nacional, escrita por O Globo em 1972, até lhe creditou um gol na campanha, embora registros da RSSSF não aponte nenhum gol de Tuca – talvez o tento tenha ido para a conta de seu irmão, o Ferretti mais conhecido, dono de seis bolas nas redes naquele Brasileirão.

Tuca não entrou em campo na finalíssima disputada contra o Palmeiras, dentro do Morumbi, cujo empate sem gols serviu à causa alviverde por conta de uma campanha melhor ao longo da competição. Mas aquela foi a glória mais próxima que o então jogador chegou a ter em seus tempos no Brasil. No final da década de 1970, Tuca partiu para o futebol mexicano e viu sua vida ser transformada. Levantou taças como jogador e, depois como técnico, conseguiu se estabelecer como um dos principais treinadores do país.

Apenas no comando do Tigres, já são quase dez anos, interrompidos apenas por uma passagem como interino na seleção mexicana. No total, nove taças conquistadas. A última delas, a Liga dos Campeões da Concacaf, evidentemente é a mais importante. Com um time que domina sua forma de jogar, com jogadores decisivos, como o francês Gignac, o Tigres realmente não tem motivos para temer o Palmeiras – da mesma forma que os alviverdes não têm motivos para temerem os mexicanos.

A expectativa é de um bom jogo, o primeiro competitivo entre Tigres e Palmeiras. Já a relação de Ferretti como adversário, esta é bem mais longa.

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