Aquilo que já vinha sido especulado há alguns dias se concretizou: Quique Setién não é mais o treinador do Barcelona. Em meio a uma grave crise interna, agravada pela vexatória eliminação da Liga dos Campeões, com uma derrota por 8 a 2, o clube deve passar por uma intensa reformulação.
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Desde de sua chegada ao Camp Nou, Setién nunca foi unanimidade dentro do Barcelona, nem mesmo com os jogadores - e Lionel Messi foi seu principal "rival" nos bastidores. Em sete meses de trabalho, o substituto de Ernesto Valverde tem um aproveitamento de 69% e não conquistou nenhum título.
A relação com Messi nunca foi das melhores, desde o momento de sua chegada ao Barcelona. Os conflitos começaram antes mesmo do primeiro jogo de Setién na área técnica do Barça, isso porque o argentino nunca foi a favor da demissão de Valverde, para começo de conversa. Desde então, pequenos atritos e desentendimentos entre os dois - e do atacante com a comissão técnica - também foram frequentes.
Ao final da temporada espanhola, antes da volta à Liga dos Campeões, os dois até chegaram a selar uma trégua, que parecia manter ambos no Camp Nou por mais um tempo, mas a goleada para o Bayern de Munique não aguentou, e um deles já se foi, com o outro se aproximando cada vez mais do adeus.
Os resultados de Setién e algumas "teimosias" na hora de escalar seus 11 também vão ficar muito marcadas em sua curta passagem pelo Barcelona. Pela primeira vez desde 2007 o time termina uma temporada sem um título sequer, mesmo com um elenco com nomes de peso - como o próprio Messi, Luis Suárez, Gerard Piqué, Ter Stegen e outros.
Confira um tempo real da crise do Barcelona
Nos curtos sete meses, o Setién esteve no comando do Barça em 25 partidas, sendo 16 vitórias, quatro empates e mais cinco derrotas, resultando em 69% de aproveitamento. As derrotas, porém, vieram em momentos cruciais para o time, que acabou sendo eliminado da Champions, da Copa do Rei e perdendo o título espanhol para o maior rival, Real Madrid, com algumas rodadas restantes para o encerramento do campeonato.
Mas nada disso se compara ao vexame da Liga dos Campeões. Até então, treinador ainda tinha quem o bancasse entre os poderosos do Barça, mas com a derrota, da forma como foi, Setién não teve como resistir à saída do clube, já pedida há algum tempo por parte da torcida culé. Para sempre na história do treinaodr, antes comandante do Betis, vai estar estamapado um 8 a 2.
Portanto, em meio a tudo isso, imagem que Setién deixa mesmo no Barça é de ser o treinador que, com Messi em seu elenco, teve a derrota mais vexatória da história do clube, não conquistou títulos e, por vezes, foi manchete pelo caos do time, mais do que por êxitos.
Ronald Koeman e Mauricio Pochettino são os favoritos para assumir a vaga deixada por Setién. O comandante da seleção holandesa, inclusive, leva uma vantagem na disputa devido à alfinetadas que o argentino deu no Barcelona e por sua história forte no Espanyol, rival catalão dos culés.

