PSG-Pochettino-202103110900(C)Getty Images

Pochettino dá passo importante para vencer a Champions com PSG: não depender de Neymar

Quando Neymar se lesionou, pouco antes do início das oitavas de final da Liga dos Campeões, um filme passou pela cabeça dos torcedores do PSG. Mas, muitas vezes, é em momentos de adversidade que novos personagens aparecem, e a classificação do Paris contra o Barcelona mostra bem isso. Com os coadjuvantes chamando a responsabilidade, a equipe de Pochettino se mostrou segura como há muito não se via na competição, dando um passo importante para vencer a Champions sem depender única e exclusivamente do craque brasileiro.

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Desde que Neymar foi contratado, o PSG ainda não havia conseguido passar pelas oitavas de final sem o camisa 10. Mas além de espantar de vez o trauma, a classificação diante do Barcelona mostra que o time do PSG pode estar finalmente atingindo um outro estágio com Pochettino, o necessário para se tornar um time campeão de verdade. 

Sem Neymar e com um Mbappé bem mais discreto do que no jogo de ida, os coadjuvantes do Paris seguraram a pressão do Barça. Navas fez defesas espetaculares, Marquinhos foi um grande líder na na defesa, Paredes fez de tudo um pouco, Veratti mostrou mais uma vez que está subindo de produção com o treinador argentino a cada partida e Draxler voltou a se apresentar como uma opção para a equipe.

Coletivamente, o Paris também foi bem mais seguro - ao contrário do que aconteceu em jogos importantes ao longo das últimas temporadas -, jogando com experiência, cadenciando a partida nos momentos certos, sem se abalar quando pressionado. E isso é algo muito importante para auxiliar Neymar e Mbappé na missão Liga dos Campeões.

PSG Barcelona Navas Champions LeagueGetty

É óbvio que os grandes jogadores sempre vão fazer diferença, e realmente devem, pois esse é seu trabalho. Porém, a grande questão está na palavra dependência. 

Times acostumados com títulos se diferenciam pelo coletivo, pelo papel de peso dos coadjuvantes, pela segurança ao longo das partidas, mesmo quando os principais nomes da equipe não estão em seus momentos mais inspirados. E a final da Liga dos Campeões do ano passado também mostra bem isso.

De um lado estava o PSG, que dependia de Neymar para avançar a cada fase, desde as oitavas de final contra o Borussia. Do outro, um Bayern de Munique que se destacava pelo coletivo - é verdade que Lewandowski foi o grande nome dos bávaros, mas ele não precisava fazer de tudo para ver seu time vencer, como o brasileiro, tinha o privilégio de ter uma equipe sólida que lhe dava suporte para ser decisivo.

E na grande final, que o polonês e atual melhor do mundo passou em branco, os coadjuvantes decidiram. Thiago Alcântara, Kimmich, Neuer e Davies fizeram uma final espetacular, e o gol foi marcado por Coman, em jogada que mal teve a participação de Lewa.

Atuando do modo contra o Barcelona, com todos tendo um papel bem definido dentro de campo, o PSG de Pochettino dá muito mais segurança para que Neymar e Mbappé possam decidir, pois mostra que pode vencer partidas mesmo quando as estrelas não estiverem em seu momento de maior brilho, mas sem depender apenas dos craques. Um passo fundamental para que clube finalmente conquiste a Liga dos Campeões.

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