Desde a contratação de Neymar em 2017, pelo valor recorde de 222 milhões de euros, o Paris Saint-Germain não sabia o que era levar a melhor nos mata-matas da Champions League sem o brasileiro. Assolado por lesões justamente na ‘Hora H’, o camisa 10 viu os franceses serem eliminados nas oitavas de final em 2018 e 2019. Quando esteve em campo, na edição passada, foi decisivo e conduziu o PSG até o vice-campeonato. Mas uma nova lesão, agora em 2021, acendeu todos os sinais de alerta no Parque dos Príncipes . Até porque, do outro lado, o adversário nestas oitavas de final era o Barcelona.
Sem Neymar, Mbappé fez questão de puxar para si o protagonismo no PSG e brilhou intensamente no duelo de ida, marcando três vezes na goleada por 4 a 1 em pleno Camp Nou . A presença do brasileiro chegou a ser cogitada para o encontro de volta, na França, mas o camisa 10 ainda não havia se recuperado a tempo.
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Antes de a bola rolar nesta quarta (10), ainda que contando com uma vantagem enorme frente ao time de Messi e companhia, o PSG se preparava para enfrentar dois traumas ao mesmo tempo: o tabu de não avançar nos mata-matas europeus sem Neymar... e o encontro com a mesma camisa que, quatro anos antes, protagonizou uma “remontada” épica após ter sido goleado também num jogo de ida contra os parisienses.
Ainda que considerável parte de seu elenco (incluindo treinador) tenha mudado, as cicatrizes daquela derrota por 6 a 1 - após vitória por 4 a 0 sobre o Barça na ida – pareceram querer se abrir durante boa parte do primeiro tempo. O Barcelona amassou o PSG em sua casa e criou várias oportunidades, ainda que tenha saído atrás no placar após pênalti convertido por Mbappé. Lionel Messi empatou em um golaço e parecia anunciar mais um de seus jogos épicos. O PSG tremeu as pernas com medo de ver um filme se repetir, mas o pênalti desperdiçado pelo próprio Messi, na sequência, gerou tanto alívio quanto o soar do apito anunciando o fim do primeiro tempo.
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A etapa derradeira mostrou um Barça em busca do gol, já sem a aura e expectativa que pairavam antes do intervalo. O “momentum” parecia ter passado. O Paris Saint-Germain jogou com suas linhas baixas e atrás de um contra-ataque fatal. Teve suas chances e sofreu ainda alguns sustos, mas as redes não voltaram a balançar nem de um lado nem do outro. O empate pelo placar mínimo garantiu os parisienses nas quartas de final da Champions .
Pelo lado do Barcelona, a sensação estranha de não ser eliminado protagonizando um novo fracasso histórico no jogo de volta, como havia acontecido nos anos anteriores, e duas tristezas: não contar mais com Neymar, que antes de chegar em Paris havia conduzido o Barça justamente na histórica remontada que traumatizara o PSG, e a possibilidade de ter visto Lionel Messi fazer seu último jogo de Champions com a camisa blaugrana.
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Pelo lado do PSG, alívio e confiança: pela primeira vez desde a temporada 2017-18 conseguiu sobreviver em um mata-mata de Champions League mesmo sem contar com Neymar, e justamente contra o Barcelona que, anos atrás, o havia castigado.




