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Formiga GFX BrazilGetty Images

"Ela não é deste planeta" - Formiga, 43 anos, busca o ouro em sua 7ª edição de Olimpíadas

"Ela não é deste planeta", essa é a resposta simples que Rosana, que disputou quatro vezes em uma Olimpíada, deu a Goal quando questionada sobre Formiga, sua ex-companheira de equipe de 43 anos que faz história nesta Olimpíada ao disputar pela setima vez o torneio.

A jogadora feminina mais velha da história do evento e a primeira atleta a ir à sete Olimpíadas em um esporte coletivo, recordes que geraram os parabéns do Rei Pelé. A meia tem desempenhado um papel importante em Tóquio, de liderança.

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Ela começou todos os três jogos pelo Brasil na fase de grupos e será crucial com sua habilidade, energia e experiência enquanto a seleção se prepara para enfrentar o Canadá nas quartas de final.

“Seu desejo e sua boa forma, são absurdos. Eles são absolutamente absurdos", acrescentou Rosana.

“Poucos anos antes de ela completar 40 anos, ainda, não muito antes, fazíamos testes de condicionamento físico. Tínhamos o GPS nas costas e ela teve 20% de tudo acima de qualquer outra pessoa em campo. Isso estava porque fazendo 40 anos. Acredito fortemente que ela não é deste planeta.”

O preparo físico que ela mostra até agora nesta Olimpíada é invejável. Ex-jogadora do Paris Saint-Germain, assinou com o São Paulo ainda neste ano, sendo exigida mais do que a maioria poderia esperar, devido a uma longa lesão de Luana em março.

Mas não é apenas a presença em campo, ou aquele estilo de trabalho árduo que valeu o apelido de Formiga. Afinal, quando você conheceu alguém que disputou sete Jogos Olímpicos e sete Copas do Mundo. Ela sabe algumas coisas sobre futebol que podem ajudar sua equipe, principalmente as jogadoras mais jovens.

Pouco antes do início do torneio, a atacante brasileira Giovana Queiroz, de 18 anos, postou uma foto sua ao lado de Formiga no Instagram. “Nunca imaginei que jogaria na seleção com ela”, disse Giovana.

Afinal, há uma diferença de idade de 25 anos entre as duas companheiras de equipe. Quando Gio tinha um ano de idade, Formiga ia para sua terceira Olimpíada.

Formiga Brasil Copa do Mundo Feminina 2019Getty(Foto: Getty Images)

“Posso acrescentar algo na vida dessas meninas, delas me olhando e dizendo: 'Ei, 43 anos e ela ainda está aqui lutando hoje'. Eu quero a mesma coisa. Vou lutar por isso também, continuar assim", disse Formiga a caminhos dos Jogos.

“Me sinto assim: um espelho para que essas meninas continuem em busca de seus sonhos. Porque passei por isso quando cheguei à seleção, com as mais experientes me ensinando onde devo ir."

“Daí a minha responsabilidade de passar o bastão da melhor maneira possível, e também de recebê-las de braços abertos e dizer 'a casa é sua', assim como fizeram comigo.”

A passagem desse bastão é um ponto crucial para esta equipe. Após este torneio, é provável que haja uma grande mudança de geração em relação à Copa do Mundo de 2023, já que nove jogadores da equipe têm mais de 30 anos.

Será a vez de jogadoras como Gio, que atualmente joga no Barcelona; Geyse, a jovem de 23 anos com um impressionante exibição já pelo seu país; e Adriana, estrela do Corinthians que ficou de fora dos Jogos devido a uma lesão, levar a seleção rumo aos títulos.

No entanto, esta geração atual ainda não encerrou. Formiga pode ter feito muita história, mas, assim como sua colega de equipe que bateu recordes, Marta, a única conquista com a qual ela quer fechar seu ciclo, é a medalha de ouro.

Formiga BrazilGetty Images(Foto: Getty Images)

Ganhar a prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, bem como perder para a Alemanha na final da Copa do Mundo de 2007, evitou uma nação que sempre produziu imensos talentos no futebol feminino deixar de comemorar títulos.

“Quero levar a medalha de ouro para o Brasil”, disse Formiga na semana passada. “Nesse ponto, me vejo mais madura, um pouco mais paciente em algumas situações para ajudar o grupo a tomar as decisões certas em campo."

“Como é minha última (Olimpíada), e tendo vivido tantas, acho que posso ajudar a equipe nesse aspecto para que possamos avançar de etapa em etapa.”

O Brasil não é de forma alguma o favorito para a medalha de ouro, mas certamente está entre as principais seleções, e com a fase de grupos percorrida com sucesso, tudo pode acontecer nas eliminatórias. Com sua experiência, Formiga sabe disso mais do que ninguém.

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