Dylan Talero Botafogo B 2022Vitor Silva/Botafogo

Botafogo B: os reforços e desafios da equipe filial de Textor

O Botafogo está caminhando para a concretização do projeto do 'Botafogo B', uma filial do time carioca, que servirá como um caminho intermediário entre as categorias de base e a equipe profissional.

Futebol ao vivo ou quando quiser? Clique aqui e teste o DAZN grátis por um mês!

No último sábado (26), John Textor anunciou o primeiro reforço para a equipe alternativa, que ainda está em fase embrionária e enfrenta algumas questões burocráticas a resolver antes da consolidação oficial.

Mais artigos abaixo

O que é o Botafogo B?

Em algumas ligas europeias é comum times poderosos terem duas equipes (uma equipe principal e outra filial). Ambos os times pertencem ao mesmo clube, mas têm propósitos diferentes.

As equipes B, no Velho Continente, costumam funcionar como ponte dos times de base para a equipe profissional. Essas filiais normalmente contam com jogadores promovidos da base ou com apostas contratadas em oportunidades de mercado. Elas também são usadas para que jogadores do plantel principal, recuperando de lesão, possam ganhar ritmo de jogo.

A ideia de John Textor é fazer algo similar com o que viu, especialmente nos mercados de Portugal e Espanha. De acordo com o empresário estadunidense, a ideia é criar um ambiente de disputa para chegar ao time principal.

"Nós vamos acrescentar times para o Botafogo. Um time B, como existe em Portugal, esses grandes times B. Eles não são apenas o time reserva, são jogadores que estão lutando, talvez mais jovens, talvez em reabilitação médica, mas eles estão lutando para chegar ao time principal. Então vamos crescer o nosso estafe, vamos identificar pessoas talentosas que existem lá atualmente e vamos criar empregos para elas. Porque precisamos ter um time principal, um time B, os melhores na categoria sub-20 também", falou Textor, em fevereiro, ao GE.

Quem já chegou para o Botafogo B?

John Textor, novo co-dono do Fogão, anunciou a contratação de Darius Lewis, atacante de 22 anos, natural de Trinidad e Tobago. Ele usou as redes sociais para mostrar essa aposta no plano do Botafogo B.

O clube também já contratou o colombiano Dylan Talero. A princípio ele chega para reforçar o sub-20 do Fogão, mas provavelmente será testado no projeto da equipe filial.

Quais os desafios para o Botafogo B?

Há diversas circustâncias que ainda deverão ser consideradas antes da implementação completa da equipe alternativa.

A criação e consolidação de uma equipe principal forte e competitiva por títulos é o primeiro foco de John Textor desde que chegou ao Fogão.

Embora tenha sido campeão da Série B do Brasileirão em 2021, o Glorioso vive um período longe dos títulos de primeira ordem que marcaram a história do clube. Em 2015, a Estrela Solitária venceu a Taça Guanabara e em 2018, o Campeonato Carioca. O último título brasileiro, no entanto, veio apenas em 1995.

Então enquanto o clube não conte com uma equipe consolidada para brigar por títulos, o Botafogo B não deve receber um apoio tão grandioso.

A outra questão é que o regulamento do futebol brasileiro é diferente das regras de Portugal e Espanha (os dois principais países que 'aceitam' essas equipes alternativas). Na Europa, os times principal e o B contam com um vínculo, que impede que as equipes joguem o mesmo campeonato e/ou se enfrentem.

Caso John Textor queira que o Botafogo B também participe de competições nacionais, é possível que a solução seja criar uma outra empresa, que não esteja legalmente atrelada ao Fogão.

Como as SAFs e o projeto de equipes B ainda são novidades no Brasil, é possível que haja mudanças e adaptações nos regulamentos e estatutos para abarcar essa nova perspectiva de equipes diferentes dentro do mesmo clube.

Até lá o Alvinegro deve continuar com a estrutura usual e intercalar o uso das promessas entre as equipes sub-23 e a profissional.

Publicidade