Os 7 desejos do futebol brasileiro para 2024

Depois de protagonizar uma das suas temporadas mais vexatórias em 2023, a seleção brasileira precisa entrar nos trilhos neste novo ano. A CBF se encontra sem presidente, a seleção masculina não tem um treinador e recentemente viu Carlo Ancelotti – tido como certeza para ocupar futuramente o cargo – renovando com o Real Madrid por mais dois anos.

Em meio às comemorações por mais um título brasileiro, que aumentou ainda mais o status de Abel Ferreira como um dos maiores (se não o maior) treinadores da história do Palmeiras, os alviverdes finalizaram 2023 com uma apreensão: o português deixaria o Allianz Parque para treinar algum clube estrangeiro? Abel, contudo, sinalizou que fica. Ao menos até o final de seu contrato, em dezembro de 2024.

A intenção da diretoria palmeirense, é claro, é de renovar o vínculo com Abel. Não poderia ser diferente. Como ficaria o Palmeiras sem o comandante responsável por quase todos os títulos possíveis que o clube conquistou desde 2021 até aqui? O Mundial de Clubes de 2025 está cada vez mais perto... O futuro de Abel Ferreira será tema para deixar alviverdes mais tensos até do que alguns jogos importantes ao longo do ano.

Já o imaginário do torcedor são-paulino agora volta para um objetivo que, décadas atrás, era comum ao Tricolor: o título da Libertadores da América. Depois de passar anos sem taças, o São Paulo conseguiu um Campeonato Paulista para aliviar o jejum em 2021. O 2022 terminou com um frustrante vice na Copa Sul-Americana, mas indicou um time que já voltava a se desenhar como postulante a grandes títulos e 2023 confirmou esta impressão com a conquista da Copa do Brasil. Agora, portanto, chegou a hora de voltar a sonhar com os maiores troféus possíveis.

E quando o assunto é um grande troféu, não há torcida mais sedenta a conseguir algum do que a do Botafogo. A campanha no Brasileirão, marcada pela maior derrocada na história dos grandes campeonatos de pontos corridos, tirou dos alvinegros o sabor do alívio – entregando no lugaruma sensação de amargor e grande desconfiança. Agora em 2024, o Alvinegro completa 29 anos desde o título brasileiro de 1995. De lá para cá, levantou apenas campeonatos estaduais ou regionais. É preciso voltar ao caminho das grandes taças.

Já que é pra sonhar, vale também fazer aquele pedido que parece eterno: pela melhora da arbitragem no futebol brasileiro. Em que pese alguns exageros em forma de reclamações ou dossiês, fato é que as exibições dos juízes brasileiros estão entre as piores do mundo. Quando o assunto é o critério adotado para marcar faltas, pênaltis, distribuir cartões e até sinalizar impedimentos (!), a conclusão é de que não há critério. E quando isso acontece, todos são prejudicados: clubes, torcedores e o próprio campeonato.

Outra necessidade urgente é o de gramados melhores. Ainda que seria ideal que todos fossem de grama natural, é verdade que é melhor jogar nos gramados sintéticos dos grandes estádios do que em verdadeiros pastos naturalmente esburacados de muitas das casas dos clubes brasileiros. Um gramado ruim representa risco de lesões (como ficou evidenciado pelo Mineirão, ao longo de 2023) e atrapalha o jogo.

O último pedido já mira até em 2025, uma vez que o calendário de 2024 já está praticamente desenhado. Mas é, assim como arbitragem e qualidade dos gramados, outro ponto que pede melhora urgente para que o futebol brasileiro volte a ser realmente respeitado: o calendário do nosso futebol precisa diminuir datas, especialmente dos estaduais, e respeitar de verdade as pausas para Datas Fifa de jogos de seleções – ao invés do “jeitinho” de adiar apenas em algumas horas a realização de partidas entre clubes brasileiros.

Que venha 2024!