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Se acabou o Barcelona de Messi, se vai o time mais visto da história

Aos 33 anos e depois de 16 temporadas defendendo o time principal do Barcelona, Lionel Messi acordou nesta terça-feira, 25 de agosto de 2020, para o dia que muitos acreditavam ser impossível: pediu para ir embora, e logo.

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Se a história do Barcelona de Messi chegou mesmo ao fim, como deseja o grande nome da vida do clube, termina também a trajetória mais vista do futebol, do começo ao fim contada em jogos ao vivo, espalhada para todo o planeta, propagada pelos fóruns e redes sociais da internet que não só celebram o gênio no campo, mas também o craque das timelines, dos números, dos dribles em gifs, dos vídeos de lances impossíveis.

Claro, não quer dizer que o argentino inventou o status de supercraque. Os três Ronaldos - o Fenômeno, o Gaúcho e o Cristiano - ou um astro como David Beckham estão aí para provar que a era das grandes estrelas não nasceu com Messi.

Mas nenhum desses tem uma carreira tão longa e tão sólida com uma mesma camisa, construindo um time sob sua liderança técnica por tanto tempo e podendo ser visto semanalmente, ao vivo, por tanta gente. Pelas escolhas da carreira, ou mesmo por dificuldades físicas de se manter no topo por tanto tempo, nenhum desses tem um time tão longevo para chamar de seu.

Messi é a grande figura de um tempo do futebol em que se assiste o Barcelona tanto quanto (ou até mais) o time local, seja por interesse ou pela facilidade. Passado o início da carreira, em 2004, e desde que se consolidou como estrela da companhia ali pelos 21 anos, em 2008, nunca mais baixou o ritmo ou teve a posição ameaçada, não sofreu lesões sérias nem cumpriu grandes suspensões, e também jamais deixou que alguém pudesse imaginar um time sem ele, que por algum momento alguém acreditasse que o Barça seria melhor com o camisa 10 no banco de reservas.

Messi disputou 16 edições consecutivas de Champions League, campeonato cuja final acaba de bater recordes de audiência na televisão e na internet brasileira. Ganhou dez vezes a liga espanhola, e em seis temporadas foi consagrado como o melhor jogador do planeta pelas festividades oficiais. Foi protagonista de um dos principais clássicos de todos e, no nível individual, também puxou um embate contra o rival Cristiano Ronaldo, em encontros de imensa repercussão. Ninguém gerou mais interesse no futebol da era da imagem que ele, Messi. E Messi se confunde com o próprio Barcelona... de Messi.

O argentino disputou ainda quatro Copas do Mundo como jogador do clube catalão, e o fato de não alcançar títulos com a seleção principal de seu país aumenta ainda mais a impressão de que Messi é o do clube. É claro que o Mundial a cada quatro anos tem uma mobilização incomparável, mas não foi ali que Messi ofereceu suas grandes apresentações. Messi é aquele visto a cada semana, às vezes de sábado e terça, de domingo e quarta, seguidamente brilhando com a mesma camisa. Um brilho tão repetido que ele faz até parecer fácil.

Ainda é só uma vontade do jogador, e obviamente há as questões contratuais e o alto preço que alguém precisará pagar para bancar seus vencimentos. Mas a opção pelo fim do ciclo não deixa de já ser simbólica.

Passada a humilhante goleada por 8 a 2 para o Bayern e com o peso de algumas temporadas em que o clube patina dentro e fora de campo, só ele poderia acabar com o time que leva seu jogo, seu rosto, seu ritmo de jogar futebol há tanto tempo. A intenção, por agora, é do Barcelona de Messi chegando ao fim. E pelas mãos de seu próprio criador.

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