Após recuo da Superliga Europeia, o projeto de nova competição dos equipes, lançado no dia 19, um domingo, e toda a repercussão negativa que gerou no Velho Continente, vários clubes fundadores já desistiram da ideia.
O novo formato de competição europeia, para rivalizar com a Liga dos Campeões da Uefa, tinha um total de 20 times previstos e o torneio, de acordo com o grupo, começaria "assim que possível".
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Getty ImagesQuem são os fundadores e quem já desistiu?
| Clube | Liga | País |
|---|---|---|
| Arsenal (Desistiu) | Premier League | Inglaterra |
| Chelsea (Desistiu) | Premier League | Inglaterra |
| Liverpool (Desistiu) | Premier League | Inglaterra |
| Manchester City (Desistiu) | Premier League | Inglaterra |
| Manchester United (Desistiu) | Premier League | Inglaterra |
| Tottenham (Desistiu) | Premier League | Inglaterra |
| Milan (Desistiu) | Serie A | Itália |
| Inter de Milão (Desistiu) | Serie A | Itália |
| Juventus (Desistiu) | Serie A | Itália |
| Atlético de Madrid (Desistiu) | La Liga | Espanha |
| Barcelona | La Liga | Espanha |
| Real Madrid | La Liga | Espanha |
Menos de 48 horas após o anúncio, devido à reação negativa recebida, os clues ingleses, italianos e o Atlético de Madrid desistiu. Apenas Barcelona e Real Madrid permanecem dentro do projeto, com tanto Joan Laporta, mandatário do time catalão, e Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e principal cartola da competição.
“Temos uma postura de prudência. É uma necessidade, mas os sócios terão a última palavra. Os grandes clubes contribuem com muitos recursos e temos que defender o que é nosso no que diz respeito à distribuição econômica. Deve ser uma competição atrativa, com base nos méritos desportivos", afirmou Laporta em declarações à TV3.
"Parecia tudo orquestrado", disse Florentino ao El Larguero sobre os protestos contrários à Superliga na Inglaterra. "Insultos, ameaças, como se tivéssemos matado o futebol.Estávamos tentando salvar o futebol. Estamos abertos para que alguém apareça com outra opção além da Superliga. Não se trata de ricos e pobres".
Posicionamentos de desistência e contrários à Superliga
“Os últimos dias mostraram-nos mais uma vez a profundidade do sentimento que nossos torcedores em todo o mundo têm por este grande clube e pelo esporte que amamos. Não precisávamos ser lembrados disso, mas a resposta dos torcedores nos últimos dias nos deu tempo para mais reflexão", afirmou o Arsenal, em comunicado.
Uma declaração oficial do Manchester City confirmou: "O Manchester City Football Club pode confirmar que iniciou formalmente os procedimentos para se retirar do grupo, desenvolvendo planos para uma Superliga Europeia"
Chelsea, Liverpool, Manchester United e Tottenham também emitiram textos semelhantes. O Atlético de Madrid seguiu o fluxo: “Para o clube, a harmonia é essencial entre todos os grupos que compõem a família rojiblanca, especialmente os nossos torcedores. A equipe titular e o seu treinador mostraram-se satisfeitos com a decisão do clube, entendendo que o mérito deve prevalecer sobre qualquer outro critério".
Encabeçados pelo capitão Jordan Henderson, os jogadores do Liverpool se manifestaram em massa contrários à Superliga. Até mesmo o presidente do clube pediu desculpas aos torcedores. A maioria dos jogadores dos Reds republicaram uma nota que Henderson postou.
"Nós não gostamos e não queremos que isso aconteça. Esta é a nossa posição coletiva. Nosso compromisso com este clube de futebol e seus torcedores é absoluto e incondicional. Vocês nunca caminharão sozinhos", publicaram os atletas do Liverpool.
Os dirigentes do Porto revelaram que também foram convidados a participar, mas recusaram. O presidente do clube, Pinto da Costa, afirmou: "Como parte da Uefa, não podemos participar em nada que seja contrário aos princípios e regras da União Europeia e da Uefa". Assim como os Dragões, outras equipes que não estavam entre os 12 clubes fundadores publicaram posicionamentos contrários à competição.
Investidores pediram desculpas
O principal financiador do projeto era o banco americano JP Morgan, que faria um aporte financeiro de 3 bilhões de euros para a temporada. Após a desistência da maioria das equipes e da repercussão negativa que a Superliga teve entre torcedores, jogadores, treinadores e imprensa, o banco se manifestou em nota, admitindo o julgamento errado.
“É evidente que julgamos mal como este negócio seria visto pela comunidade do futebol em geral e como poderia impactá-los no futuro. Vamos aprender com isso”, publicou o JP Morgan.
