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Os caminhos para a reconstrução da Argentina pós-Copa 2018

Após a derrota dolorosa por 4 a 3 contra a França, nas oitavas de final da Copa do Mundo, a Argentina tomou um choque de realidade, que evidenciou o caos que foi a preparação para a competição. As aposentadorias de Lucas Biglia e Javier Mascherano são um alerta do desastre protagonizado por um ciclo instável.

A reconstrução, que foi iniciada em 2014, sofreu golpes duros, com três treinadores, diversos esquemas de jogo e dois vice-campeonatos. Jorge Sampaoli chegou para o time como um bombeiro que atende um chamado. O desespero era nítido na equipe, que foi carregada por Lionel Messi nos últimos momentos das eliminatórias e no próprio Mundial. Mas, a sorte, que acompanhava o time até então, foi embora no duelo contra os Bleus.

Entre os 23 nomes chamados por Sampaoli para o torneio na Rússia, boa parte deles pode ser desconsiderado para o futuro. Messi - caso não se aposente da equipe nacional novamente -, Sergio Agüero, Nicolás Otamendi e alguns poucos atletas merecem ser lembrados.

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A boa notícia é que há muitos novos jogadores que, ou ficaram no banco de reservas neste Mundial, ou ficaram de fora da lista. O primeiro deles é Giovani Lo Celso. O meia do PSG não pisou nos gramados russos em nenhum minuto da campanha albiceleste. Leandro Paredes, do Zenit, seria o parceiro perfeito para dar fluidez à engrenagem do meio-campo.

Santiago Ascacibar, do Stuttgart, seria uma versão melhorada de Mascherano. A firmeza nas retomadas de bola e velocidade para armar o jogo são notáveis. Debaixo das traves, o treinador convocou três jogadores que, juntos, somavam 100 anos e apenas nove atuações com a camisa do time. Opções não faltam: Gerónimo Rulli, da Real Sociedad, e Juan Musso, da Udinese, são dois jovens valores a observar mais atentamente. 

Entre outros jogadores que podem assumir o protagonismo até o Mundial do Catar, Emanuel Mammana e Lucas Martínez Quarta formariam a zaga, com a defesa completada por Fabricio Bustos e Nicolás Tagliafico, pelos lados.

O setor de ataque é o que dá mais esperança para os argentinos. Paulo Dybala, Cristian Pavón, Lautaro Martínez e Mauro Icardi são indispensáveis nos planos futuros.

GFX 2022 03072018GFX/Goal/PS

Depois do ciclo cheio de turbulências, é provável que o atual camisa 10 e capitão da equipe se afaste um pouco do time. Esse é mais um motivo para que os argentinos planejem um time balanceado e jovem, pois a Copa da Rússia provou que Leo, sozinho, não conseguirá ser campeão.

A estabilidade nos bastidores também é fundamental. Quatro presidentes passaram pela Associação de Futebol Argentino (AFA) desde a final da edição da competição disputada em 2014, no Brasil.

Caso queiram fazer a reconstrução e não falharem, a teoria é conhecida, basta colocar tudo em prática.

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