Lionel Messi e Kylian Mbappé foram os grandes protagonistas da Copa do Mundo de 2022. E protagonistas de um dos maiores jogos da história dos Mundiais, a final entre Argentina e França que terminou empatada em 3 a 3 antes de os argentinos levarem a melhor na disputa por pênaltis. Apesar de ter marcado o primeiro hat-trick em decisão de Copa desde 1966, Mbappé não teve motivos para sorrir. Do outro lado, Messi, autor de dois gols, atingiu a apoteose esperada. Passado o período das comemorações e descanso, ambos irão se reencontrar no PSG. Mbappé já chegou ao Parque dos Príncipes e inclusive está jogando, enquanto Lionel segue em um período de descanso.
Impossível não imaginar como será este reencontro. Ou ao menos as sensações mais particulares e íntimas dele. Afinal de contas, além da derrota em si, Mbappé viu inúmeras provocações vindas de atletas da Argentina, em especial por parte do goleiro Emiliano Martínez, que segurou uma boneca de bebê com o seu rosto ao lado de Messi – que não escondeu o riso ao se deparar com um outro boneco, do desenho Tartarugas Ninja, que fazia referência ao atacante francês. E tudo isso dentro do contexto do vestiário do Paris Saint-Germain, que diversos relatos dizem ser divididos entre atletas sul-americanos e os jogadores franceses.
Em entrevista após vitória sobre o Strasbourg, no primeiro jogo do PSG depois da realização da Copa do Mundo, Mbappé garantiu que não se importou com as provocações de Dibu Martínez. Em relação a Messi, o jovem craque francês também indicou que não haverá grandes problemas.
“Eu não perco meu tempo com coisas tão fúteis”, disse Mbappé sobre as provocações do goleiro argentino. “O que importa, para mim, é dar o meu máximo pelo meu clube. E nós estamos ansiosos pelo retorno do Leo (Messi) para que ele continua marcando gols e vencendo jogos”.
“Eu falei com ele depois do jogo e o parabenizei”, revelou Mbappé. “Era um objetivo de vida para ele, assim como era para mim, mas eu falhei então é preciso seguir sendo um bom esportista. Eu não acho que algum dia vou engolir (a derrota para a Argentina), mas já disse para o treinador e meus companheiros de time (no PSG) que não há razão para o meu clube pagar o preço do fracasso da seleção francesa”.
“Foi complicado... o PSG não foi o responsável pela nossa derrota. Eu tentei voltar com a melhor energia possível, sendo o mais positivo possível”, concluiu.
A tendência é que o encontro seja cordial e respeitoso, claro. É sabido por todos que Mbappé teve problemas com Neymar, mas sua relação com Messi, se não é de amizade, é marcada pelo respeito mútuo, como ficou claro nas palavras do francês.
GettyEsta também não é a primeira vez que jogadores companheiros em clube se enfrentaram em final de Copa do Mundo. A grande diferença em relação à decisão do Qatar foi o tamanho dos jogadores em questão. A situação no PSG, portanto, tende a seguir parecida com a que já conhecemos: três atacantes da mais alta prateleira do futebol mundial (além de Mbappé e Messi, Neymar) dentro de uma grande disputa de egos para mostrar quem é o dono do time. O resultado final da Copa do Mundo, aliado às provocações a Mbappé, vão adicionar algum tempero a mais nesta história? Ninguém sabe ainda.
