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Japão alcança meta na Copa: voltar às oitavas de final após 8 anos

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Com um elenco experiente e maduro, o Japão deu a volta por cima na crise que rondava o elenco e atingiu a sua primeira meta na Copa do Mundo: voltar às oitavas de final após 8 anos, igualando as melhores campanhas do país na competição (2002 e 2010). 

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Os japoneses chegaram à Rússia sob clima de desconfiança, por ter vencido apenas um dos seis amistosos preparatórios para o Mundial. Mas bastou a bola rolar em solo russo para que os Samurais Azuis provassem o seu valor.

Na estreia, os japoneses venceram a Colômbia (2 a 1), considerada grande favorita do grupo H. O time asiático mostrou inteligência por ter ficado com um jogador a mais desde os três minutos do primeiro tempo, cansou o adversário e conseguiu marcar três pontos de extrema importância em sua campanha na fase de grupos.

Já na segunda rodada, o Japão ficou duas vezes atrás, mas arrancou um empate com Senegal (2 a 2), provando valentia e que realmente estava no campeonato para brigar sim por uma vaga.

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(Foto: Getty Images)

No entanto, em uma campanha que vinha sendo vibrante por não desistir do resultado, o Japão foi alvo de polômica no último jogo do grupo H justamente por abdicar de jogar nos minutos finais contra a Polônia. Os japoneses perdiam por 1 a 0 para os polacos e, ao tomarem conhecimento que a Colômbia vencia Senegal, passaram a trocar passes no campo defensivo. Os Samurais Azuis resolveram segurar o placar que garantia a sua classificação e, como resposta, ouviram uma chuva de vaias da torcida presente em Volgogrado.

Logo após o apito final, o técnico Akira Nishino reconheceu que os jogadores seguiram sua ordem: "Optei por jogar com base no que estava ocorrendo na outra partida. Claro que não fiquei feliz com isso, era arriscado. Tomamos a decisão de tocar a bola. Se tivesse uma oportunidade, íamos atacar, mas se levássemos o gol, seria muito ruim. A mensagem que passei foi que segurássemos o resultado, e os jogadores seguiram. Tínhamos algumas alternativas, mas a situação me fez tomar a decisão final de não ir ao ataque e me apoiar o outro jogo", iniciou explicando.

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(Foto: Getty Images)

"Não fico feliz com isso, mas foi o que pedi aos meus jogadores. Mas numa Copa, essas coisas podem acontecer, e nós nos classificamos. Então, talvez essa tenha sido a melhor decisão para mim e para o time. Foi a primeira vez que passei por isso. Foi uma decisão fundamental que tomei para passarmos da fase de grupos. Não fomos em busca da vitória, passamos a contar com o resultado do outro jogo, mas naquele momento eu não tinha outra estratégia", disse.

Último jogo a parte, o Japão mostrou na Rússia que a opção por jogadores experientes como Kagawa, Hasebe, Honda e Inui, por exemplo, foi certa. Em campo, os comandados por Nishino absorveram aquela "pressão pré-Copa" de uma forma positiva e, de candidata a zebra do grupo H, a equipe avançou às oitavas de final, alcançando a sua principal meta e igualando os melhores resultados do país em Copas do Mundo.

Agora, o adversário será a Bélgica e os Samurais Azuis terão o desafio de segurar o habilidoso e forte time europeu para seguir fazendo história no Mundial.

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