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Giovani: o garoto de quase R$ 500 milhões que quer fazer história no Palmeiras

Já virou tradição. Sempre que temos duelos entre a seleção brasileira e a Inglaterra, o mesmo ditado volta à tona: “Os ingleses podem até ter inventado o futebol, mas os brasileiros o aperfeiçoaram.”

Uma frase que diz muito sobre o que os brasileiros entendem sobre o futebol. Jogo bonito, velocidade, técnica e muitos e muitos dribles.

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Desde os tempos de Garrincha e Pelé, até a magia de Neymar, o futebol do país se notabilizou pela imprevisibilidade. E o próximo expoente deste jogo tipicamente brasileiro pode ser Giovani Henrique.

Criado nas categorias de base do Palmeiras, Giovani chegou ao Verdão com apenas 10 anos e parece ser a “resposta” para aqueles que gostam de afirmar que o drible vem perdendo espaço no futebol.

Canhoto, atua pelo lado direito do ataque e alia drible e capacidade de improvisação com obediência tática, uma boa finalização e muita velocidade. Basicamente, o melhor dos dois mundos.

Pode jogar então, tanto pelo lado direito, com o pé trocado, tendo liberdade para cortar para o meio e finalizar, tanto pelo meio, centralizado, como jogador alvo, já que com 1,82m, é mais alto e mais versátil que a maioria dos jogadores do lado de campo.

Nesse quesito, Giovani pode até atrair comparações a Gabriel Jesus, outro jogador criado na base do Palmeiras. Mas sua criatividade e improvisação se assemelham a mais ao que Dudu se acostumou a fazer nos profissionais.

Nasceu em Itaquaquecetuba, município localizado a pouco mais de 40 km de São Paulo cujo nome vem do tupi e significa “lugar abundante de taquaras cortantes como facas”.  Foi lá que o jovem atraiu a atenção do Palmeiras.

Assim, em 2014, inicialmente chegou para o sub-10, categoria voltada para fazer a transição de jovens do futsal para o campo. Um ano depois, já foi campeão paulista pelo sub-11. O primeiro de muitos títulos de Giovani pelo Verdão.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Maior artilheiro das categorias inferiores do clube em 2020, marcou 14 gols em 15 jogos pelo sub-17, mas também chegou a atuar em vários jogos pelo sub-20, mesmo tendo apenas 16 anos.

Seus feitos na base chamaram a atenção da equipe profissional. Já em 2020, Giovani esteve presente na lista de 50 inscritos do clube para a Copa Libertadores. Não chegou a entrar em campo, mas viu o Palmeiras ser campeão com jovens criados em casa, como Gabriel Menino, Danilo e Gabriel Verón, darem contribuições importantes no bicampeonato da América.

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Com a pandemia do coronavírus, o Palmeiras de Abel Ferreira resolveu utilizar um time repleto de garotos nos primeiros jogos da temporada 2021, como espécie de pré-temporada, enquanto o restante do elenco se recuperava. Cotado pela comissão técnica como grande joia, Giovani deixou sua marca.

Saindo do banco de reservas, agradou ao técnico português e foi integrado ao resto do elenco. Com 17 anos, até estreou pela Libertadores, tendo saído do banco para atuar 21 minutos contra o Defensa y Justicia, na fase de grupos. Não se intimidou com o tamanho da pressão e seguiu partindo pra cima dos adversários.

“Giovani aproveitou muito bem a oportunidade. Vem dando muitos bons sinais, deixando alguns dos mais experientes para trás. É um jogador canhoto, capaz de desequilibrar jogos,” elogiou publicamente Abel, em entrevista coletiva.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“Tem marcado muitos pontos comigo. É pra isso que o Paulistão serve, revelar jogadores como Giovani.”

Com o término dos estaduais e o início do Brasileirão, o “estágio” de Giovani nos profissionais terminou e o atleta novamente foi integrado ao sub-17. De volta à base, ajudou Palmeiras a se classificar para as quartas de final do Campeonato Brasileiro sub-17.

Não a toa, já vem chamando a atenção de clubes do exterior. O Verdão foi rápido e renovou o contrato do jovem em junho: seu novo vínculo vai até maio de 2024 e prevê uma multa rescisória de 80 milhões de euros (R$ 483 milhões).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Supostamente, seria outro garoto brasileiro na mira do Grupo City: a equipe inglesa recentemente levou Kayky e Metinho, do Fluminense. Mas o futuro de Giovani, por enquanto, segue sendo no Palmeiras.

“Quero ser ídolo aqui, ser que nem Gabriel Jesus” agradeceu um emocionado Giovani após a estreia.

Querido pela comissão técnica, logo deve receber mais minutos nos profissionais. O próximo passo, então, é se estabelecer no time de cima. E isso não deve demorar a acontecer.

O sonho daquele garoto de 10 anos que chegou a Academia de Futebol está próximo de se realizar: Giovani, acima de tudo, é um respiro de futebol brasileiro.

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