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Kayky, o “Neymar Canhoto” que puxa a geração dos sonhos no Fluminense

É de Xerém que nascem alguns dos maiores talentos do futebol brasileiro. Foi de lá que saíram nomes como os gêmeos Fábio e Rafael, ambos com passagens duradouras pelo Manchester United, Fabinho, atualmente no Liverpool, a hoje dupla de rubro-negros Pedro e Gerson e, claro, o lateral-esquerdo Marcelo, já um imortal do Real Madrid. E é justamente da base do Fluminense que um novo grande talento já vem chamando atenção do mundo do futebol. Estamos falando de Kayky.

Dá para medir o tamanho da expectativa mundial já criada pelo atacante, hoje com 17 anos completos, através de um elogio feito pelo site Football Talent Scout, especializado em jovens valores: é o “Neymar Canhoto”, bradaram, inebriados pelo cativante talento demonstrado pelo garoto que puxa a fila de um grupo sub-17 que já é chamado como a “Geração de Ouro” do Fluminense. O jornal AS, da Espanha, foi outro veículo internacional a ter elogiado o garoto.

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“O Kayky é um jogador que se destaca muito por sua qualidade técnica, principalmente no que diz respeito ao um contra um, e também na sua qualidade para finalizar no gol. Também é muito inteligente, busca os espaços vazios no campo e tem uma boa capacidade de deixar os companheiros na cara do gol, na assistência. E além disso possui uma mentalidade vencedora, competitiva, o que é importante para um jogador de alto nível. Vem amadurecendo a sua capacidade de resiliência, ou seja, como ele reage às adversidades, isso faz parte do amadurecimento dele”, relata para a Goal o técnico Guilherme Torres, do time sub-17 do Fluminense.

As palavras do seu treinador conseguem resumir bastante a história de Kayky. Afinal de contas, como acontece muitas vezes no futebol, o caminho trilhado até aqui não foi nada fácil. Antes de receber o “sim”, ele conheceu o “não”. Aos 8 anos de idade, fracassou em sua tentativa de entrar no time de futsal do Fluminense. Sempre apoiado pelo pai, o seu Demir (para quem o filho dedica os gols, colocando os dedos abaixo do nariz para imitar o bigode de seu maior fã), passou a jogar nas quadras do time da Mangueira. Foi justamente com a camisa verde-e-rosa que, ainda criança, deu uma segunda chance ao Tricolor das Laranjeiras.

Kayky Fluminense sub-17 18 02 2021Mailson Santana/Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense)

Depois de uma derrota para o time do Mangueira, o Fluminense o chamou e o garoto aceitou o pedido. Hoje, Kayky está para se tornar a maior venda da história do clube da Rua Álvaro Chaves. Vários foram os times europeus que demonstraram interesse no atacante, que costuma atuar pela ponta-direita, embora quase sempre buscando centralizar os lances perto da área – onde cria espaços com dribles curtos, finaliza com as duas pernas e ainda cria um bom número de chances para seus companheiros.

O Grupo City, que tem no time azul de Manchester o seu clube principal, encaminhou a compra de Kayky por 10 milhões de euros, de acordo com o GE. No câmbio atual, as cifras do negócio estariam em cerca de R$ 65.7 milhões, superando os R$ 60 milhões que o Tricolor recebeu quando negociou, em 2015, Gerson para a Roma, e fazendo de Kayky a maior venda na história do Fluminense. O negócio ainda pode chegar a 25 milhões de euros através de bonificações e o Fluminense ainda terá 20% do valor em uma eventual negociação futura.

Campeão e artilheiro do Brasileirão sub-17, com 12 gols marcados, Kayky só deixará o Fluminense em 2022. Como ainda não completou 18 anos, não pode deixar o país por enquanto. Em uma temporada em que o Tricolor já está garantido na Libertadores da América, um dos atrativos será poder, enfim, ver o “Neymar Canhoto” no time principal. Apesar da despedida já estar marcada, ele quer virar ídolo e fazer história.

“Podem aguardar, porque a gente vai dar um futuro brilhante para o Fluminense”, disse após o título brasileiro sub-17. A dúvida é se conseguirá fazer isso, dentro de campo, com a equipe principal. Afinal de contas, a venda mais cara da história tricolor já começou a ajudar, ao menos sob o ponto de vista financeiro, na expectativa de melhora para o futuro do Fluminense.

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