Gabigol de 2020 iguala o de 2019: é artilheiro do Brasil mesmo no 'novo Flamengo'

Gabriel Barbosa tem números tão bons nas últimas temporadas que os sete jogos sem marcar na retomada do futebol após a paralisação por conta da pandemia pareceram uma eternidade. Mas a recuperação do ritmo de jogo e o acerto do time sob o novo técnico tiveram duas semanas de consolidação, o suficiente para o camisa 9 já alcançar a média de gols do ano passado.

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Depois de passar em branco na reta final do Campeonato Carioca e no início do Brasileiro, o artilheiro chegou a cinco jogos seguidos balançando as redes. Se as atuações pouco inspiradas do ataque passavam também por algumas adaptações naturais às escolhas de Domènec Torrent, fica claro que, individualmente, Gabigol vai também retomando, em 2020, a qualidade que o fez duas vezes artilheiro do Brasileirão.

Porque ainda que se possa debater as variações de posicionamento - Everton Ribeiro aberto ou por dentro, Diego ou um ponta veloz, maior utilização de Pedro, entre outras -, fato é que Gabriel retomou o cheiro de gol de 2019.

Após tirar o peso com dois gols de pênalti, ambos nos finais dos jogos contra Grêmio e Botafogo, Gabigol fez o gol da vitória contra o Santos, batendo firme na saída do goleiro, contra o Fortaleza, quando atrasou o passo dentro da área para receber livre e tocar de chapa, e contra o Fluminense, esperando a sobra da disputa na área para bater forte e tirar dos defensores à sua frente.

Agora, já são cinco gols na Série A, somando 16 em 22 jogos na temporada 2020. Em média, ele acaba de alcançar o patamar do ano passado, quando fez 43 gols em 59 jogos e terminou como artilheiro do Brasileiro e da Libertadores, por consequência o maior número total de gols no país.

Neste ano, ele já foi o maior goleador do Estadual, e no consolidado da temporada acaba de empatar com Léo Gamalho, do CRB, que também marcou 16 vezes em jogos oficiais desde janeiro.

A volta da fase artilheira vem exatamente depois do atacante experimentar algo raro no clube, o banco de reservas. Ele entrou no intervalo contra o Fortaleza, voltando de uma torção no tornozelo de dias antes e também participando das variações de Domenec, que foi de Pedro e Michael na frente.

Há quem diga que Gabriel se incomodou com a reserva. Não exatamente uma insatisfação com o novo treinador, mas talvez um desapontamento com a situação, um ruído por se sentir bem para jogar de início e não gostar de esperar 45, 60 minutos. Ainda assim, o técnico mantém a postura de que rodar o elenco é fundamental para manter o ritmo sob as atuais condições do calendário e do tempo de preparação, tanto que na última partida foi de Thiago Maia na vaga de Arão (que tinha jogado bem contra o Fortaleza), por exemplo.

A curiosidade para as próximas semanas é ver se Gabigol será, vez ou outra, colocado como opção para a segunda etapa, ao tempo em que ele parece reafirmar seu faro artilheiro acima da média no futebol brasileiro. Cabe rodízio para quem 'fede' a gol? Aí está uma boa discussão, entre a rara capacidade de finalização e as questões de um planejamento físico para a longa sequência que vem pela frente. A resposta fica com o treinador catalão - e seu 'novo Flamengo'.

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