Troyes-PSG Kylian MbappéGetty Images

Como o Real Madrid conseguiria pagar por Kylian Mbappé?

Todos esperavam que o Real Madrid fizesse uma oferta ao Paris Saint-Germain por Kylian Mbappé antes que a janela de transferências terminasse, mesmo a um ano do fim do contrato do campeão mundial. Mas não é uma proposta tão alta desde o início.

Na noite de terça-feira, o clube Merengue entrou na festa oferecendo 160 milhões de euros (R$ 986,92 milhões) ao clube da capital para esperar poder bancar os serviços do ex-Mônaco neste verão. Uma quantia impressionante para um jogador que tem todas as hipóteses de se libertar no próximo mês de junho, já que se recusa neste momento a prolongar-se em Paris.

Uma primeira proposta uma semana antes do fim da janela de transferência que poderá aumentar ainda mais ao longo dos dias para tentar influenciar a posição da gestão parisiense, inflexível no assunto. "Todo mundo conhece o futuro de Kylian. Kylian é um parisiense, muito competitivo. Ele disse que queria uma equipe competitiva, agora não há mais competitiva (do que o PSG). Sem desculpas para fazer outra coisa", disse o presidente do PSG, Nasser Al Khelaifi, em 11 de agosto, durante a apresentação de Lionel Messi.

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No entanto, o clube madrilenho parece determinado a colocar os meios para proceder à transferência a partir de 2021, apesar de uma situação económica longe de estar bem depois de um ano e meio da pandemia de Covid-19.

Nenhuma chegada importante desde Eden Hazard

Qual é o segredo do Real Madrid para se permitir tal loucura? A primeira é que a equipe agora treinada por Carlo Ancelotti - que costumava registrar transferências todos os verões - não adiciona ninguém ao banco há dois anos. Foi no verão de 2019, com Eden Hazard, a última adição ao elenco.

Kylian Mbappe PSG 2021-22Getty Images(Foto: Getty Images)

Desde então, os campeões espanhóis de 2020 têm estado sóbrios e econômicos, com a única chegada de David Alaba neste verão, livre desde o fim de seu contrato com o Bayern de Munique. Ainda pelo lado das transferências, o Real é amplamente lucrativo. Já em 2020, os líderes do Real Madrid venderam Achraf Hakimi para a Inter (€ 41 milhões/R$ 252,90 milhões), Sergio Reguillon para o Tottenham (€ 30 milhões/R$ 185,05 milhões) e Oscar Rodriguez para o Sevilha (€ 13,5 milhões/R$ 83,27). Entre vendas e pagamentos de empréstimos, quase 101 milhões de euros (R$ 622,99 milhões) entraram nos cofres do clube.

A isto há de adicionar outras saídas registradas durante esta janela de transferências e que trouxeram somas substanciais: Raphaël Varane no Manchester United (45 + 5M €/R$ 308,41 milhões) e Martin Odegaard no Arsenal (40 M €/R$ 246,73 milhões). São mais de 85 milhões (R$ 524,30 milhões) em vendas, aos quais se soma o empréstimo de € 3 milhões (R$ 18,50 milhões) da Brahim Diaz ao Milan. E sem falar na economia de salário de Sergio Ramos, que atingiu quase € 15 milhões (R$ 92,52 milhões).

Um equilíbrio em grande parte que contribuiu para os resultados financeiros encorajadores apresentados em meados de julho. A gestão do Madrid afirmou então ter 122 milhões (R$ 752,53 milhões) de euros em caixa, ao mesmo tempo que reduziu a sua dívida líquida de 241 milhões de euros (R$ 1.486,55 bilhão) para 46 milhões (R$ 283,74 milhões). E isso antes de fazer novas vendas. Mas se o Real quiser concluir a chegada de Mbappé antes de 31 de agosto, será necessário ir além dos 160 milhões (R$ 986,92 milhões) oferecidos na terça-feira. Mas o clube tem os meios.

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