4 a 0, 3 a 0, 3 a 0, 4 a 0, 8 a 2, 3 a 0 e 4 a 1. Quem é um pouco mais ligado no futebol europeu já matou o que significam esses números: são as últimas derrotas do Barcelona para PSG, Juventus, Roma, Liverpool, Bayern, Juventus (outra vez) e PSG (outra vez) na Liga dos Campeões da Uefa.
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Os resultados não enganam mais ninguém: diante das equipes mais poderosas do mundo, o Barça está cada vez menor. Sem presidente, com uma gestão incompetente, uma dívida monstruosa, uma crise institucional praticamente insolúvel, um treinador condenado a ser portavoz da diretoria, pois não consegue responder dentro de campo, e um vestiário consciente de que muitos precisarão ir embora. O Barcelona não é mais uma equipe de elite.
O clube, entubado e em fase terminal, necessita de uma revolução completa com caráter de urgência. Uma nova liderança, um impulso mais forte, um presidente capaz de olhar nos olhos dos jogadores, de cumprir o que promete e fazer os sócios felizes. Por fim, parar de ser o saco de pancadas da elite europeia. É preciso ter dirigentes que entendam que a gestão anterior transformou um clube referência em uma piada.
Getty ImagesDe referência a exemplo do que não se deve fazer, o Barcelona precisa mudar até a cor das paredes dos vestiários. Uma nova organização, uma nova política de contratações e um retorno ao que o time precisa representar. Messi avisou: esse time não chegaria a lugar nenhum. Ninguém escutou. Meses depois, Koeman admitiu que o Barça não faria uma grande temporada. Continuaram fingindo não escutar.
Aqueles que mandam, porém, aqueles das 'eleições o quanto antes', aqueles que levaram o Barça para essa situação, quiseram fazer o torcedor pensar que isso tudo era exagero, que o apocalipse anunciado que aparecia no horizonte era só uma chuva de verão. Mas uma hora a conta chega para todos.
O PSG destruiu qualquer otimismo que dirigentes mal-intencionados tentavam vender, cujos projetos esportivos tem mais buracos do que um queijo suíço. Existiam sintomas que o Barcelona, após Anfield, Roma ou Turim, voltaria a ser uma piada internacional, mas nem os avisos do treinador, nem de parte do elenco, nem os resultados ruins do time na temporada abriram os olhos daqueles que devem tomar decisões.
Parte do "barcelonismo" quis encomendar outro milagre ao santo de sempre, Messi, pela enésima vez. Não o fez, pois até os milagres tem limites. A realidade cobra. O PSG foi mais intenso, mais veloz, mais agressivo e mais técnico. O placar refletiu a diferença das equipes. Mbappé, um búfalo, imparável, metade Ronaldo e metade Weah, certificou-se que não teríamos uma injustiça no Camp Nou. O melhor venceu. 4 a 0, 3 a 0, 3 a 0, 4 a 0, 8 a 2, 3 a 0 e 4 a 1. PSG, Juventus, Roma, Liverpool, Bayern, Juventus (outra vez) e PSG (outra vez)
O Barcelona, que a seis anos era o rei da Europa, hoje é uma piada. E se os sócios não mudarem a situação, continuará sendo por muito tempo. Não é triste, é a realidade. É preciso buscar um remédio. Um presidente, uma nova diretoria, uma liderança reconhecível que tome uma série de decisões traumáticas, as vezes impopulares, mas que ajudem a reanimar um clube que, hoje, vive o pior que pode acontecer: se tornou pequeno.
Com todo o respeito aos profissionais que dão a vida pelo clube, dói escrever algo assim, mas dói ainda mais ver isso. E como somos pagos para dizer o que vemos e não o que sentimos, esta noite a queda de um gigante foi certificada. Alguns estavam relutantes em acreditar que o apocalipse, tão anunciado nos últimos tempos, estava chegando, mas ele chegou numa das noites mais tristes da história do clube. Salve-se quem puder. Só restou uma saída: sócios, vocês precisam votar.




