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Ednaldo Rodrigues e Dorival Junior GFXGOAL

A primeira missão de Dorival Júnior na seleção brasileira é sair do limbo

Começa a era Dorival Júnior na seleção brasileira. Depois de um ano com técnicos interinos, finalmente a equipe masculina da CBF possui um comandante de fato para tocar o time. A estreia de Dorival foi com uma ótima vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, e logo na sequência vem a Espanha. Uma oportunidade para enfim fazer a camisa canarinho (tenha você detestado ou não a sua nova versão) se levantar e voltar a andar com dignidade.

A maior tragédia esportiva da história da seleção brasileira, considerando apenas o que está relacionado ao campo-e-bola-e-resultado, é a derrota para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950. A maior vergonha esportiva da história da seleção brasileira, dentro dos mesmos critérios, é o 7 a 1 contra a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Coincidentemente, Mundiais realizados no Brasil.

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  • Ramón Menezes, sob o comando interino da seleção brasileira em amistoso contra Senegal, em 2023Getty Images

    Dorival assume o Brasil após o pior ano da história?

    Mas por que 2023 foi classificado como pior ano da história da seleção brasileira? O Brasil vinha de mais uma eliminação contra equipe europeia em quartas de final de Copa do Mundo, algo que passou a ser normal (um roteiro repetido quatro vezes em cinco tentativas) e apresentou, de fato, péssimos resultados no ano passado. Mas não seria exagero falar em pior ano da história?

    É mais correto dizer que 2023 foi, com certeza, o pior ano pós-Copa do Mundo para a seleção. Após o Maracanazo de 1950 o Brasil só voltou a jogar em 1952, então a ausência salvou o 1951 desta roubada. E pouco após o 7 a 1, cujo apelido de Mineiratzen não chegou a pegar porque é impossível tirar o protagonismo do placar, a equipe nacional ao menos teve a dignidade de vencer os seis jogos realizados, após aquele Mundial, até o final de 2014 e a grande maioria dos seus compromissos em 2015.

    Já 2023 foi o primeiro ano, em seis décadas, em que o Brasil perdeu mais do que ganhou. Foram três vitórias mirradas, um empate e cinco derrotas. Pior do que os resultados, contudo, foi ver a CBF absolutamente perdida sem saber como cuidar do maior símbolo do futebol brasileiro.

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  • Ednaldo Rodrigues CBFRafael Ribeiro / CBF

    Vergonha extracampo

    O ano começou sob o comando interino de Ramón Menezes e a promessa (promessa!) de que o Brasil teria Carlo Ancelotti a partir de 2024. E enquanto o italiano do Real Madrid não vinha, escolheram Fernando Diniz para comandar interinamente o time antes de passar o bastão: um técnico conhecido pelos seus trabalhos autorais, e não de transição.

    A escolha não foi a única bizarrice da CBF presidida por Ednaldo Rodrigues. Em meio a um caos político, daqueles em que juristas e seus papéis acabaram tomando o protagonismo do noticiário esportivo, Ancelotti decidiu não vir e renovou com o Real Madrid. A seleção brasileira ficou abandonada na festa.

  • Dorival Júnior Brasil 2024Rafael Ribeiro / CBF

    É hora de sair do limbo

    Houve quem passasse raiva em meio ao cenário dentro e fora de campo de 2023, mas houve quem também tivesse considerado o ano passado como apenas uma extensão da queda nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022, para a Croácia. Dentro do caos, a seleção brasileira não era a protagonista de verdade e isso deu a impressão de um ciclo jamais iniciado – era ou um esperar por Ancelotti ou olhar para trás e ver o tempo perdido.

    Em que pese a CBF ainda ser uma entidade com seus problemas, ao menos hoje a equipe nacional possui um treinador. Dorival Júnior assume o cargo após viver os anos mais vitoriosos de sua carreira, levando Flamengo e São Paulo a títulos importantes.

    Agora, com a impressão de que finalmente o primeiro capítulo – e não uma introdução assustadora -- visando o Mundial de 2026 será escrito, o novo técnico tem como primeira missão fazer o Brasil voltar a empolgar e mostrar, de fato, sua importância. Dorival Júnior tem jovens talentosíssimos à sua disposição e precisa tocar um processo de renovação em relação aos nomes mais famosos que permearam a seleção brasileira desde 2018.

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