Sheik e a Libertadores do Corinthians: gols contra o Boca, mordida e mais destaques

O ano de 2012 foi inesquecível para a torcida do Corinthians e também para Emerson Sheik, em especial. Naquele ano, ele entrou para a lista dos grande nomes da história do clube do Parque São Jorge, principalmente com o título inédito da Libertadores, torneio no qual foi extremamente decisivo. 

Atacante rápido e habilidoso, Sheik sempre foi um jogador reconhecido por sua estrela para ser campeão e em especial por aparecer nos jogos grandes. E na temporada em que o Corinthians finalmente foi “libertado”, não foi diferente.

O camisa 11 teve uma participação importante ao longo de toda a campanha do torneio, com boas atuações ao longo de toda a competição. Mas quanto mais o Corinthians avançava na Libertadores, mais decisivo e mais importante Sheik se tornava.

O primeiro gol do atacante veio só na quinta partida da fase de grupos, contra o Nacional-PAR, fora de casa. Com a vitória por 3x1, o alvinegro paulista garantia sua classificação para as oitavas de final. Então, no próximo jogo, mais um gol de Sheik, dessa vez contra o Deportivo Táchira, no Estádio do Pacaembu. A goleada por 6x0 dava ao Corinthians o primeiro lugar de seu grupo.

Então, mesmo jogando bem, ele passou em branco nas quatro partidas seguintes, duas contra o Emelec, pelas oitavas de final, e duas contra o Vasco, pelas quartas. Mas a partir daí, o camisa 11 chamou a responsabilidade e decidiu.

Pela semifinal, o Corinthians encarava a forte equipe do Santos de Neymar, campeão da Libertadores no ano anterior. Mas na primeira partida, aos 27 minutos da primeira etapa, em plena Vila Belmiro, Emerson Sheik dominou a bola na ponta esquerda e acertou um lindo chute no ângulo de Rafael. 

O golaço deu números finais à partida, mesmo com o alvinegro do Parque São Jorge passando boa parte do jogo com um a menos. Na partida de volta, o empate por 1 x 1 garantiu o Timão na final. O adversário da vez seria o Boca Juniors, o bicho-papão da América.

Na partida de ida, em La Bombonera, os argentinos saíram na frente. Após escanteio cobrado por Riquelme, a bola sobrou para Roncaglia abrir o placar. Mas o Corinthians, que ainda não havia perdido na competição, não se entregou. Então, aos 40 minutos do segundo tempo, Emerson se livrou de seu marcador e deu um lindo passe por baixo das pernas do zagueiro, enfiando a bola para Romarinho sair cara a cara com o goleiro e dar uma inesquecível cavadinha para garantir o empate.  

Com o resultado, a grande decisão ficou para o jogo de volta, no Estádio do Pacaembu. E se o jogo era decisivo, ninguém melhor do que Sheik para resolver a situação. Aos oito minutos do segundo tempo, após falta cobrada na área, Danilo tocou de calcanhar, Emerson dominou de barriga e bateu forte para abrir o placar.

O Pacaembu pulsava com a proximidade do inédito título, mas ainda era cedo para comemorar. Até que 19 minutos mais tarde, Schiavi errou na saída de jogo e a bola sobrou justamente nos pés do camisa 11. Ele arrancou do meio campo, chegou cara a cara com o goleiro e só empurrou para o fundo das redes. Era questão de tempo para o alvinegro paulista ser campeão.

Nos minutos finais, o Boca tentava provocar os brasileiros para forçar alguma expulsão, e Sheik devolvia as provocações fazendo sinais com as mãos que estava tremendo de medo. Em um outro lance, ele caiu no chão e chegou a morder a mão de Caruzzo, caindo ainda mais nas graças da torcida.

Quando o juíz apitou, a Fiel explodiu. Os dois gols de Sheik finalmente “libertavam” o Corinthians com a conquista inédita da América e colocavam o jogador como um dos grandes nomes da história do clube.

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