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Ramón Díaz no Botafogo reforça obsessão por técnicos estrangeiros no Brasil

Já foi dito e repetido: os três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro de 2020 são comandados por treinadores estrangeiros. Após clubes como Internacional, Atlético-MG e Flamengo apostarem em nomes nascidos fora do Brasil, agora é a vez do Botafogo, que anunciou a contratação do argentino Ramón Díaz, comandante histórico do River Plate, como seu próximo técnico.

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Não é coincidência: após a conclusão do Brasileirão 2019, com o Flamengo de Jorge Jesus e o Santos de Jorge Sampaoli nas primeiras posições da tabela - além de terem praticado um belo futebol -, outras equipes tentaram seguir o modelo de sucesso e trouxeram estrangeiros para comandarem seus elencos.

São seis treinadores "gringos" neste momento no Brasileirão. Enquanto clubes como o Internacional e o Atlético-MG pagaram caro pelos consagrados Eduardo Coudet e Jorge Sampaoli - substituindo o venezuelano Rafael Dudamel -, o Flamengo perdeu Jorge Jesus e nem considerou um brasileiro para substituí-lo: viajou pela Europa até acertar com o catalão Domènec Torrent. Do mesmo jeito, o Palmeiras, que apostou na experiência e tradição de Vanderlei Luxemburg no começo do ano, também já "se rendeu" aos gringos e contratou Abel Ferreira, português que estava no PAOK.

Eduardo Coudet Internacional Santos Brasileirão 13082020SC Internacional

A diferença é que os estrangeiros não ficam só no topo da tabela, como de costume: equipes que brigam contra o rebaixamento largaram mão de veteranos para apostarem suas fichas no trabalho de portugueses e argentinos.

Se no passado, bastava cair um técnico na parte de baixo da tabela para que certos "medalhões" voltassem aos noticíarios (nomes como Celso Roth, Ney Franco e Argel Fucks, por exemplo), Botafogo e Vasco, quando confrontados com uma possível luta contra o rebaixamento, resolveram sair fora do Brasil para acharem um novo treinador.

Ricardo Sá Pinto, no Vasco, e Ramón Díaz, no Botafogo, saem fora do óbvio. Ambos os rivais vinham de técnicos com perfis opostos - o veterano Paulo Autuori no Fogão e o novato Ramon Menezes no Cruzmaltino -, mas não tiveram dúvidas em apostar em estrangeiros para tentar uma recuperação improvável na competição.

E faz sentido. Em um ano onde alguns treinadores brasileiros parecem relutar em abandonar suas equipes para assumirem outras - Rogério Ceni no Fortaleza, Lisca, no América-MG, e Guto Ferreira, no Ceará, por exemplo - a solução para não contratar um medalhão impopular vem sendo encontrada fora do Brasileirão.

Se vai dar certo, ninguém sabe ainda. Tanto Sá Pinto quanto Díaz terão que trabalhar com elencos limitados tecnicamente em clubes vivendo uma grave crise política. Mas se o Botafogo voltou a tentar um treinador estrangeiro depois de 70 anos, é no mínimo um sintoma de que o mais do mesmo já não é o suficiente.

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Perguntas frequentes

A primeira edição do Campeonato Brasileiro por pontos corridos foi disputada em 2003, ano em que o Cruzeiro se sagrou campeão.

Não. Em 2003 e 2004, o Campeonato Brasileiro tinha 24 times, número que baixou para 22 na edição de 2005. Desde 2006, 20 equipes participam da Série A do Brasileirão.

Desde 2016, os seis melhores times do Brasileirão garantem uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, sendo que os quatro primeiros vão diretamente para a fase de grupos e os outros dois disputam a pré-Libertadores.

Considerando toda a história do Campeonato Brasileiro, Roberto Dinamite, com 190 gols em 328 jogos, é o maior goleador da competição.