Chegou ao fim a passagem do técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez no Internacional. O treinador contratado para implementar uma nova filosofia de futebol não conseguiu suportar a sequência de resultados ruins, culminando com a eliminação na Copa do Brasil, ao ser derrotado em casa pelo Vitória, por 3 a 1. A queda precoce é considerada como uma catástrofe pelos dirigentes colorados, uma vez que o Inter, além de não avançar na competição, também perde financeiramente sem a premiação pela classificação.
A reportagem da Goal apurou que a demissão de Ramirez iria acontecer na última segunda-feira (7), após a goleada de 5 a 1 que o Inter sofreu diante do Fortaleza. Em reunião entre o Departamento de Futebol e o Conselho de Gestão, que é liderado pelo presidente Alessandro Barcellos, ficou definido que a saída era inevitável e só não aconteceu na segunda-feira porque o treinador apresentou sintomas de Covid-19, o que se confirmou após os testes de terça-feira (8).
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Por este motivo, a direção definiu que iria esperar a recuperação do técnico para definir a sua demissão. O que os dirigentes não contavam era com a eliminação na Copa do Brasil. O Internacional, então, não perdeu tempo e oficializou a saída de Miguel Ángel Ramírez nesta sexta-feira (11), em nota oficial divulgada no site do clube.
Agora, o Colorado vai ao mercado buscar um novo treinador para disputar o Brasileirão e a fase de mata-mata da Copa Libertadores.
Nomes cotados para treinar o Inter
Com a saída de Miguel Ángel Ramirez, o Colorado volta ao mercado em busca de um novo técnico. Nomes estão sendo analisados, porém um deles desponta como uma alternativa mais viável e que não mudaria o planejamento de formar um time com futebol propositivo.
Getty ImagesLisca teve curta passagem pelo Beira-Rio em 2016. Foto: Friedemann Vogel/Getty Images
A principal opção para o Inter é o nome de Lisca, técnico do América-MG. Ele teve sua formação como técnico dentro do Internacional, onde treinou as categorias de base até ser auxiliar técnico de Guto Ferreira e Abel Braga no time principal. Em 2016, Lisca comandou o Inter em três partidas, na tentativa de salvar o Colorado do rebaixamento, mas o objetivo não foi alcançado. Para muitos, se Lisca tivesse sido contratado antes, o Inter não teria caído para segunda divisão.
Nesse momento, a mais provável opção da diretoria é trazer um técnico brasileiro. Assim, o nome de Lisca ganharia força. Caso seja contratado, viria com o auxiliar técnico Márcio Hahn, que atuou como jogador do Inter no ano de 2000, após ser Campeão Gaúcho no mesmo ano. Um preparador físico e um coordenador técnico também chegarão.
SC InternacionalCoudet nos tempos de Inter. Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional
Um outro nome da lista é o do argentino Eduardo Coudet, que trocou o Inter no ano passado, em meio ao Campeonato Brasileiro, para treinar o Celta de Vigo-ESP. A relação entre o presidente Alessandro Barcellos e Coudet é de amizade. Barcellos era vice de futebol na época em que Coudet treinava o Inter. Mesmo sabendo que é quase impossível que o argentino volte para o Inter, a direção vai fazer uma tentativa para convencê-lo.
Alexandre Schneider/Getty Images
Aguirre em 2018, no São Paulo. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
Uma alternativa é a do uruguaio Diego Aguirre, ex-jogador e treinador do colorado. Aguirre foi campeão gaúcho como técnico em 2015 e levou o Inter até as semifinais da Libertadores daquele ano. Aguirre agrada boa parte dos dirigentes e também dos torcedores.
Com a preferência do presidente Alexandre Barcellos, ao menos neste momento, porém, por um treinador brasileiro, Aguirre perdeu força nos bastidores e fica apenas como alternativa.