A contratação de Patrick de Paula pelo Botafogo teve caráter histórico pelos valores envolvidos, fazendo do até então jogador do Palmeiras a compra mais cara, em valores absolutos, de todos os tempos do Alvinegro. Foi um anúncio do poderio financeiro botafoguense, agora sob o comando de John Textor na SAF. Mas o jogador ainda não respondeu à altura e tem sido o nome mais criticado do time neste início de Brasileirão 2022.
Em nove jogos disputados até aqui, o meio-campista de 22 anos marcou dois gols. Um deles pela Copa do Brasil, contra o frágil Ceilândia, e o outro deles, em cobrança de falta desviada pelo adversário, um tento vital para a vitória por 3 a 1 sobre o Fortaleza. Nenhuma assistência e apenas uma chance de gol criada no Brasileirão. Os números baixos de participação direta em gols pró, no entanto, não chegam a ser o maior problema deste início de vida alvinegra para Patrick de Paula.
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O problema é que as atuações como meio-campista, especialmente nas transições e na intensidade, estão deixando muito a desejar.
Dentre os 11 gols sofridos pelo Botafogo neste Brasileirão, dois deles foram consequências diretas de bolas simples que foram perdidas por PK no meio-campo (em sua estreia, contra o Corinthians, e diante do Goiás). Dentre os jogadores botafoguenses no setor, Patrick é o que tem a maior média de perda de posse de bola nesta Série A (17.3 vezes por partida segundo números da Opta Sports).
Mas o principal que tem chamado atenção é a falta de intensidade, algo que salta ainda mais aos olhos quando falamos de um atleta de tão pouca idade. Em suas primeiras partidas pelo Botafogo, Patrick de Paula escutou muitas cobranças do técnico Luís Castro neste sentido. E não tem conseguido convencer o português.
BotafogoHoje, PK, a contratação mais cara da história do clube, não é considerado titular no time. Em nove jogos pelo Botafogo, Patrick de Paula foi titular apenas em seis – sendo uma delas no duelo de volta da Copa do Brasil contra o Ceilândia, com o Alvinegro escalado com um time misto. Luís Castro ainda não repetiu escalações e busca um meio-campo ideal, claro, mas isso não muda tanto o veredicto do que tem sido a história de PK nestes seus primeiros jogos pelo Botafogo.
Para piorar o momento de Patrick, o torcedor botafoguense não escondeu a insatisfação com seu futebol na derrota de virada por 2 a 1 contra o Goiás, na última rodada. PK entrou na reta final do segundo tempo e, ao invés de dar vida nova ao time, parecia perdido em campo... e mais uma vez de uma perda de posse de bola sua, saiu o gol adversário. Ao final do jogo, PK escutou as vaias da torcida.
Na décima rodada, Patrick reencontra o Palmeiras, sua antiga equipe, por onde gerou expectativas pelo bom futebol apresentado. Será, se PK entrar em campo, um jogo interessante para mudar a chave e engrenar um bom momento pelo Botafogo... ou então seguir em sua mesmice que já começa a gerar insatisfações pelo futebol abaixo do esperado que vem apresentando.
