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Tche Tche Botafogo Goiás Brasileirão 06 06 2022Vitor Silva/Botafogo

Botafogo de Luís Castro é um time em (e de) construção, mas peca no ataque e defesa

O torcedor do Botafogo ganhou, a partir da chegada de John Textor para comandar a SAF alvinegra, motivos para voltar a acreditar em 2022. O clube contratou ao longo da temporada e se permite sonhar com algo a mais do que apenas uma briga contra rebaixamento no Brasileirão, mas construir um time com a campanha em curso se mostra uma tarefa bem mais difícil do que os alvinegros poderiam imaginar.

A derrota por 2 a 1 para o Goiás, dentro do Nilton Santos, pela nona rodada do certame, carimbou de forma frustrante o décimo jogo do português Luís Castro no comando do Alvinegro - com o time na décima posição deste Brasileirão. O treinador chegou entre o final do estadual e início do Brasileirão e, tendo em mão reforços, tem a responsabilidade de, a longo prazo, construir uma identidade de jogo para – o que se espera – um futuro vitorioso.

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Hoje, dá para ver que o Botafogo é um time em construção dentro e fora de campo.

Dentro das quatro linhas isso fica bastante claro nos momentos do jogo: os alvinegros têm o domínio da bola (a média de 57.4% de posse é a segunda maior do campeonato, perdendo apenas para os 59.6% do Atlético Mineiro) e dão mostras de qualidade justamente na construção das jogadas.

O problema, como o próprio Luís Castro já reconheceu, é quando precisa avançar casas: a equipe mostra que consegue construir, tirar a bola de seu campo de defesa e levar a esfera para o ataque. Mas sofre para criar e finalizar quando chega no terço final.

E pior: concede aos adversários chances claras em sua defesa. Sofre para marcar gols e deixa que isso seja fácil para seus adversários.

Se o saldo no ataque e na defesa não é dos melhores, a consequência mais óbvia vem em resultados que decepcionam um torcedor que tem, cheio de expectativas, comparecido ao estádio em bom número.

Na estatística de gols esperados (xG), que leva em conta a qualidade das chances de gol de um time, o Botafogo apresenta o sexto pior número segundo as estatísticas da Opta Sports para este Brasileirão se considerarmos as jogadas com bola rolando (8.52).

Mas é na parte defensiva onde os números preocupam mais: hoje o Botafogo tem a terceira pior defesa do Brasileirão dentro da estatística de gols esperados.

A estatística aponta 13.28 gols esperados contra o Botafogo. O número é superior apenas aos de Cuiabá (13.35) e do Goiás (14.31), o mais recente algoz alvinegro dentro do Nilton Santos. A equipe treinada por Luís Castro sofreu 11 gols até aqui. Ou seja: tem tido sorte de a conta não ter sido ainda pior.

O Botafogo apresenta pontos positivos sob o comando de Luís Castro, mas ainda é evidentemente um time (e clube) em construção. Em meio às altas expectativas criadas por seu torcedor, o Alvinegro peca no que mais importa em um jogo de futebol: saber atacar e defender.

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