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Neymar, PSGGetty

Os haters vão odiar, mas o 'Adulto Ney' merece mais respeito

Praticamente todos os 90 minutos se haviam se passado quando o PSG começou sua memorável reviravolta contra a Atalanta na última quarta-feira, 11, pelas quartas de final da Liga dos Campeões.

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O jogo foi retratado na mídia global como um duelo que colocava de um lado a história de conto de fadas do time de Bérgamo, cidade devastada pela crise do coronavírus, e, de outro, os malvados do PSG, financiados pelos milhões de euros vindo do Qatar.

Neymar, o jogador de futebol mais caro do mundo, foi escolhido como o vilão.

Com salário astronômico e um estilo de vida de estrela do rock, Neymar já era o alvo de grande parte do planeta, pronta para comemorar o sucesso de 1 a 0 da Atalanta às custas dos erros do brasileiro. As chances que Neymar teve serviram apenas para alimentar seus "haters" e fornecer a eles um certo tipo de alegria.

Se as finalizações do jogador de 28 anos foram mais para "Liga da Várzea" do que Liga dos Campeões, seu desempenho foi digno de um candidato à Bola de Ouro, o que ele mesmo se considera há muito tempo. Lá estavam suas conhecidas pedaladas, dribles e canetas, mas por quase uma hora e meia sua eficiência não apareceu.

“Nunca pensei em eliminação. Nada me impede de pensar que vamos para a final. Foi muito difícil. Estamos passando por coisas boas, temos um grande time, somos uma família. Era impossível pensar que seríamos eliminados”, disse ele depois da reviravolta emocionante, cada vez mais comum na Liga dos Campeões.

O final do jogo já estava se aproximando quando Neymar conseguiu encontrar Marquinhos na pequena área para empatar o jogo. Apenas 149 segundos depois, o PSG estava comemorando de novo depois que Neymar tocou para Kylian Mbappé, que encontrou o improvável herói Eric-Maxim Choupo-Moting, autor do gol da vitória.

Mesmo escolhido como o melhor em campo, Neymar não inspira muito amor. Há muito sobre o brasileiro para se admirar, mas também há muitos aspectos de seu jogo que as pessoas não gostam. Sua arrogância pode ser desanimadora para muitos, mas talvez seu maior pecado seja dar a impressão de que falha em maximizar seu talento.

Ele é retratado em festas com muita frequência, mas isso poderia ter sido perdoado se ele não tivesse deixado o Barcelona pelo PSG, onde parece que ganha dinheiro fácil. A Liga dos Campeões que ele esperava entregar aos parisienses, e a consequente Bola de Ouro que ele tanto ansiava, ainda não chegaram. Agora, porém, ele está recuperando o tempo perdido.

A Liga dos Campeões de 2015 é a única que ele conquistou, e embora se orgulhe de uma coleção admirável de 12 troféus nacionais desde que se mudou do Santos para a Europa, isso simplesmente não é suficiente para colocá-lo entre os maiores de todos os tempos. A Bola de Ouro parece estar, ainda, muito distante, especialmente agora que foi cancelado para 2020.

Claro, haverá quem critique seus números na França, mas nos últimos dias tanto a Juventus quanto o Manchester City descobriram o potencial dos times da Ligue 1 ao serem expulsos da Liga dos Campeões pelo Lyon, equipe que terminou em sétimo lugar na última temporada.

No vestiário ele, junto com Keylor Navas e Marquinhos, é um dos maiores responsáveis por dar conselhos e incentivo aos jovens jogadores. Esse é um lado do atacante cada vez mais maduro que seus críticos podem facilmente ignorar. Afinal, os haters vão odiar.

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