O que foi a Tragédia de Superga, que vitimou o time do Torino?

O 4 de maio é uma data de tristes lembranças para o futebol, mas principalmente para os torcedores do Torino. Há exatos 72 anos, um dos eventos mais trágicos da história do esporte aconteceu na cidade de Turim. O avião da Avio Linee Italiane, que transportava, entre outras pessoas, o elenco do Torino, colidiu com a Basílica de Superga, culminando na morte de todos os passageiros do vôo.

O evento por si só já seria uma tragédia, mas o fato de aquele ser um dos times mais importantes da história do clube acabou marcando um antes e um depois no futebol do país. Entre 1945 e 1949, a equipe do Toro foi campeã da Serie A italiana quatro vezes (e teria o penta confirmado), com o grupo de jogadores que formava a base principal da seleção Azzurra, que se preparava para disputar a Copa do Mundo de 1950, no Brasil.

No incidente, um total de 18 jogadores perderam a vida, além de dois membros da comissão técnica, dois dirigentes e mais três jornalistas. 

A lista de jogadores que morreram naquele dia foi composta por: Valerio Bacigalupo, Aldo Ballarin, Dino Ballarin, Émile Bongiorni, Eusebio Castigliano, Rubens Fadini, Guglielmo Gabetto, Ruggero Grava, Giuseppe Grezar, Ezio Loik, Virgilio Maroso, Danilo Martell Mazzola, Romeo Menti, Piero Operto, Franco Ossola, Mario Rigamonti e Július Schubert.

SupergaArchivoFoto: Aquivo

Na época, em solidariedade ao Torino, o grande time do River Plate, que contava com craques como Alfredo Di Stéfano, Amadeo Carrizo e Ángel Labruna, viajou à Itália para realizar uma partida amistosa em benefício dos dos parentes das vítimas. O encontro estreitou a relação entre os dois clubes, que se mantém até os dias de hoje.

Mas a verdade é que depois daquele fatídico dia o Torino nunca mais conseguiu ser o mesmo. Embora o clube ainda tenha conquistado mais um título da Serie A, em 1975/76, e três Copas da Itália, em 1959/60, 1989/90 e 2000/01, o episódio mudou a história do time de Turim. 

E hoje, enquanto a Juventus conta com um elenco recheado de estrelas lideradas por Cristiano Ronaldo, a outra metade da cidade se lembra dos grandes ídolos perdidos. 

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