Marinho, do Santos, desabafa após ser alvo de comentário racista; entenda o caso

O injustificável novamente aconteceu: durante a transmissão do jogo entre Santos 1 x 3 Ponte Preta, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, o comentarista Fabio Benedetti, da rádio Estádio 97, atacou o jogador Marinho, do Peixe, com comentários racistas.

Quer ver jogos ao vivo ou quando quiser? Clique aqui e teste o DAZN grátis por um mês!

No duelo, após o jogador ter sido expulso ainda no primeiro tempo, Benedetti afirmou que, como punição, falaria para o atleta em um grupo de Whatsapp que "ele é burro e está na senzala".

Independentemente do erro de Marinho, que deixou o Santos na mão ainda na primeira etapa da partida, a reação do comentarista é desmedida e injustificável: não há nenhuma situação que permita que alguém faça um comentário racista.

Assim, o áudio da transmissão viralizou na internet, à medida em que ouvintes e internautas ficaram indignados ao ouvir a frase de Benedetti. Enquanto o Peixe se recupera da derrota diante da Ponte Preta, o áudio chegou, inclusive, no jogador, que desabafou no Instagram.

Na postagem, o atleta divulgou uma foto sua e de sua filha, Alicia, e afirmou ter orgulho de sua cor. Além disso, Marinho também contou ter perdoado o comentarista após troca de mensagens no Instagram e pediu a Benedetti para que este "ensine melhor a seus filhos sobre preconceito". O atacante também postou um vídeo onde aparecia chorando, irritado com a situação, afirmando que luta pela causa e "é horrível sentir isso na pele".

Em outra postagem, também divulgada na mesma rede social, Fabio Benedetti pediu desculpas pelo comentário, afirmou que é contrário a qualquer tipo de discriminação e que vai ceder suas redes sociais nos próximos dias para promover discussões sobre o assunto.

Por mais que muitos forcem a dizer que não, a sociedade brasileira é uma sociedade racista e o futebol só é um microcosmo disso, à medida em que casos e mais casos de racismo explodem dentro e fora das quatro linhas. A situação de quinta-feira pode até ter sido isolada, mas é apenas mais um sintoma de um problema que assola o mundo há tempos.

Publicidade