Antoine Griezmann, FranceGetty

Como fazer Griezmann render no Barcelona: olhando a França

Antoine Griezmann parece viver duas realidades diferentes nos dois lugares que pode mostrar seu futebol. Enquanto luta para justificar o alto preço pago por ele no Barcelona, o francês tem sido um intocável na seleção de seu país.

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Essa relação próxima e vitoriosa com a a equipe da França pode ser exemplifcada com o fato de Griezmann ter entrado no ranking dos cinco maiores artilheiros dos Le Bleus. O atacante marcou um dos gols da vitória por 7 a 1 sobre a Ucrânia e, com 32 gols pela seleção, ultrapassou ninguém menos que Zinedine Zidane.

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Fatos como esses parecem não fazer sentido diante do baixo rendimento que ele tem no Barcelona. Desde que trocou o Atlético de Madrid pelo rival culé, por 120 milhões de euros (cerca de R$ 505 milhões na cotação da época), Griezmann não tem convencido e tem ficado abaixo das expectativas, que eram bastante altas.

No Barça, Griezmann fez 51 jogos, marcou 15 gols e deu quatro assistências até aqui. Todas essas participações em gols vieram na temporada 2019/20. Na atual campanha, o camisa 7 começou os três jogos de LaLiga, mas não terminou nenhum e ainda não deu nenhum passe para gol e nem balançou as redes.

Parecem dois mundos discrepantes e isso não tem fugido à atenção de quem acompanha o futebol europeu. O técnico da França, Didier Deschamps falou sobre a situção e citou que a jogar com o atacante aberto pela ponta pode barrar o melhor aproveitamento do compatriota.

"Eu tenho certeza que ele [Griezmann] não está feliz com essa situação. Eu não interfiro no uso dos meus jogadores em seus clubes, seja no Barça ou qualquer outro. Antoine está jogando na direita no Barcelona este momento. É verdade que Koeman disse para ele que não entendia por que ele costumava jogar em uma posição mais central. De qualquer forma ele terá que se adaptar", declarou Deschamps no começo da semana.

Na seleção francesa, que conta com Olivier Giroud como centroavante, Griezmann tem feito as vezes de "camisa 10", jogando atrás de Mbappé e Giroud, como uma ligação entre o meio de campo e o ataque. E tem funcionado a contento. O treinador francês ainda comentou sobre as características de Griezmann, que já afirmou que não sabe driblar, e como as posições centrais potencializam seu desempenho.

"Para mim, ele é mais efetivo quando joga no coração do jogo, quando ele pode tocar bastante na bola. Nessa posição, ele pode voltar a ajudar o meio de campo também. Ele não tem a habilidade para pegar a bola e passar pelos adversários como outros pontas. Ele precisa tocar muito na bola e é inteligente em sua movimentação", falou o treinador campeão do mundo em 2018.

É possível que após essa troca de experiências diretas do treinador da seleção francesa, Ronald Koeman repense o posicionamento de Griezmann no Barça e dê a ele um espaço no jogo em que ele se sinta mais confortável e que seja mais produtivo.

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