O Flamengo vem de duas viradas de resultado consecutivas. No último final de semana a equipe carioca ergueu o troféu da Libertadores após derrotar o River Plate, de virada, por 2 a 1. Nesta quarta-feira (27), o Rubro-Negro saiu atrás do placar diante do Ceará, no Maracanã, mas reverteu a situação para 4 a 1. Aos mais supersticiosos, o motivo pelo qual o clube começou perdendo os duelos está associado às vestimentas de Jorge Jesus, em especial, ao colete usado pelo treinador nos minutos iniciais de cada jogo.
Detentor de um estilo mais reservado, Jesus raramente foi visto a beira do campo sem o tradicional e elegante blazer. No entanto, o técnico resolveu caprichar e adotou recentemente o colete preto por cima das camisas. Coincidentemente, a peça de roupa foi usada justamente no início das partidas nas quais o Flamengo sofreu gol antes de balançar as redes.
Em Lima, no Peru, o Flamengo desceu para os vestiários após o final do primeiro tempo atrás do placar. No retorno para etapa final, Jorge Jesus decidiu tirar o colete e a virada ocorreu. O português pareceu não ter se convencido de que a roupa teria influenciado no placar inicial. “Eu não sou um cara muito supersticioso”, ressaltou em entrevista coletiva.
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E, na possível tentativa de encerrar rumores de superstição a respeito da peça de roupa, Jorge Jesus entrou em campo diante do Ceará novamente com o colete, porém encerrou o jogo sem ele. Questionado acerca da mudança, Jesus brincou: “Usei aquele colete na primeira vez [contra o River] e começamos perdendo. Usei na segunda vez [contra o Ceará] e começamos perdendo. Tirei o colete pois estava muito apertado. Mas na verdade todos nós temos um pouco de superstição”.
SUPERSTIÇÕES DE OUTROS TREINADORES
Modesto sobre o assunto, o Mister fica atrás neste quesito comparado com outros nomes brasileiros, como por exemplo Cuca. O ex-treinador do São Paulo que está atualmente sem clube é especialista no assunto. Extremamente supersticioso, Cuca carrega uma série de “regras da sorte”, que variam desde a cor da roupa até coração de boi.
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Durante o tempo no qual comandou o Palmeiras entre as temporadas de 2016 e 2017, Cuca adotou a calça vinho como amuleto da sorte. Já na emocionante conquista do Atlético-MG na Libertadores de 2013, o técnico não abriu mão da camisa preta com a imagem da Nossa Senhora de Aparecida.
Treinador da seleção brasileira, Tite também é devoto de Nossa Senhora e costuma carregar nos braços uma pulseira com símbolos religiosos que é usada como o amuleto no dia a dia e, buscada em momentos de dificuldade nas partidas.
Outro adepto às superstições religiosas é Felipão. O técnico costuma levar a campo uma santa no bolso da calça. À frente da Seleção Brasileira, Felipão gostava de usar camisa polo branca com o agasalho da equipe como superstição.
As roupas costumam ser o principal objeto para os treinadores “depositarem” a sorte. Em 1997, Antonio Lopes, na época técnico do clube, decidiu vestir uma camisa verde após três jogos consecutivos sem vitórias. Coincidência, desde então o time carioca realizou boas partidas e terminou campeão do Brasileirão naquele ano.