O Brasil teve motivos para comemorar, mas também decepcionou e teve razões para lamentar na última temporada do futebol europeu e, especialmente, na Copa do Mundo.
Apontado como um dos favoritos ao título na Rússia, o time de Tite não apresentou o desempenho esperado e caiu nas quartas de final do Mundial para a Bélgica, depois de decepcionar na primeira fase e passar pelo México com dificuldade nas oitavas. Coletivamente e individualmente, a Seleção ficou devendo no Leste Europeu.
Já em relação a última temporada, os brasileiros viveram altos e baixos. Na Premier League, por exemplo, Gabriel Jesus sofreu com lesões, mas também não brilhou quando recebeu oportunidades de Pep Guardiola, e deixou a desejar no Manchester City, além de também não brilhar na Copa do Mundo. Roberto Firmino, por outro lado, arrebentou no Liverpool, fazendo parceria infernal com Mohamed Salah e Sadio Mané.
Coutinho, por sua vez, brilhou tanto pelos Reds quanto pelo Barcelona, mas Neymar, além de perder boa parte da reta final da temporada europeia por lesão, foi incrível nos jogos menores e teve excelentes números na Ligue 1, mas desapareceu nos maiores e mais importantes duelos de 2017/18, especialmente no confronto com o Real Madrid, pela Champions League, quando mais se esperava dele, o jogador mais caro da história do futebol.
JOSE JORDAN/AFP/Getty(Foto: JOSE JORDAN/AFP/Getty)
Não à toa, em uma das premiações de maior prestígio do futebol mundial, o Goal 50, o Brasil perdeu espaço. Se em 2017, o País teve oito representantes entre os 50 melhores jogadores do mundo, neste ano, na premiação que foi completamente divulgada nesta terça-feira (13), o número caiu para cinco.
O Brasil, porém, ainda segue forte na premiação, sendo, mesmo com todos os problemas e decepções, o segundo país com mais jogadores no Goal 50, ao lado da Espanha, e atrás apenas da França, campeã mundial, que teve sete representantes.
Confira os brasileiros na premiação em 2017 e suas colocações:
Neymar, 6º
Marcelo, 11º
Dani Alves, 14º
Casemiro, 26º
David Luiz, 28º
Alex Sandro, 39º
Fabinho, 41º
Coutinho, 43º
E o mesmo em 2018:
Marcelo, 10º
Philippe Coutinho, 21º
Alisson, 23º
Neymar, 24º
Firmino, 29º
As diferenças são justificáveis. Neymar caiu pela já citada temporada decepcionante nos grandes jogos e pela Copa do Mundo ruim que fez, deixando muito a desejar e saindo da Rússia menor do que chegou e muito criticado por suas ações dentro e fora de campo.
Marcelo, por outro lado, arrebentou mais uma vez no Real Madrid campeão da Champions League e até subiu uma posição. Já Dani Alves ficou de fora da lista prejudicado pela lesão que lhe fez perder a reta final da temporada e também a Copa do Mundo. Além disso, na temporada anterior, ele brilhou na Juventus que dominou a Itália e chegou na final da UCL. Já em 2017/18, o lateral defendeu o PSG que disputa a fraca Ligue 1 e decepcionou na competição continental.
(Foto: Getty Images)
Casemiro, Alex Sandro e Fabinho, por outro lado, fizeram boas temporadas, mas viram outros nomes brilharem mais, inclusive na Copa do Mundo, em que os dois últimos sequer jogaram. Já David Luiz, além de não viajar para a Rússia, teve um 2017/18 conturbado pela relação ruim com Antonio Conte e pouco jogou, ao contrário da época anterior, em que brilhou no Chelsea campeão inglês.
Enquanto isso, Philippe Coutinho foi ainda melhor que no Goal 50 anterior e ganhou mais de 20 posições pelo belíssimo futebol que apresentou no Liverpool, no Barcelona e na Seleção Brasileira. Firmino, já citado anteriormente, entrou na lista por brilhar nos Reds que encantaram na Premier League e na Champions, chegando até a final continental. Alisson, por sua vez, foi espetacular na surpreendente Roma, semifinalista da UCL, e inclusive eleito o melhor goleiro da temporada.
