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Tiquinho Soares Luís Castro em 2023, pelo BotafogoVitor Silva/Botafogo

O que vai ser do Botafogo no Brasileirão sem Luis Castro

O torcedor do Botafogo trocou, rapidamente, a euforia pela apreensão. Luís Castro não é mais treinador do Alvinegro. O português, que estava no comando do clube desde 2022, aceitou oferta para comandar o Al-Nassr, equipe da Arábia Saudita em que joga Cristiano Ronaldo.

Luís Castro deixa o Botafogo com um bom aproveitamento. O clube lidera o Brasileirão com grande vantagem em relação ao segundo colocado e, mais importante ainda, conseguiu se colocar como candidato real ao título. Um retorno aos nobres holofotes do nosso futebol. Mas o quanto a ausência do técnico português vai afetar o restante da campanha botafoguense em 2023, seja na Sul-Americana ou especialmente no Brasileirão?

  • Luis Henrique comemora gol pelo Botafogo no Brasileirão de 2023Vitor Silva/Botafogo

    Fator psicológico

    O primeiro aspecto que vai chamar atenção é o fator psicológico. Luís Castro tinha todo o elenco alvinegro na mão, e um dos desafios levantados por sua saída está em como os jogadores irão reagir. O grupo atual, vale lembrar, demonstrou dificuldade para lidar com um baque de confiança no início da temporada, após derrota frente ao Vasco, pelo Campeonato Carioca, e a crise de atuações e resultados só foi contornada quando começou o Brasileirão – pouco mais de dez jogos depois.

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  • Eduardo e Adryelson comemoram vitória do Botafogo sobre o Palmeiras, no Brasileirão 2023Vitor Silva/Botafogo

    Em campo

    “A solidez da nossa família Botafogo não está só no Luís Castro. O Luís Castro é só uma peça deste quebra-cabeça que todos os dias dá o melhor de si para a construção de um novo Botafogo”, disse o técnico português após a vitória sobre o Palmeiras, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, já indicando a sua saída do Alvinegro.

    Uma coisa são as palavras e outra, no entanto, é a realidade. O Botafogo de Luís Castro conseguiu evoluir a ponto de se adaptar muito bem aos adversários: jogando bem com ou sem a bola, propondo ou reagindo. Sem o técnico luso, arquiteto do time, isso pode mudar.

    Impossível não imaginar que o aproveitamento maior que 80% no Brasileirão possa ser abalado. A esperança dos torcedores, contudo, é que – independentemente de quem será o novo treinador – os jogadores sigam a demonstrar a qualidade e poder decisivo que vem demonstrando até aqui.

  • Dodô, ídolo e artilheiro do Botafogo, em ação durante 2007Getty Images

    Histórico do clube

    A história do Botafogo como líder do Brasileirão de pontos corridos, contudo, invoca lembranças ruins ao seu torcedor em momentos de grandes perdas -- como no caso de Luís Castro. Em 2007, a equipe alvinegra despencou na tabela depois que Dodô, referência do time, ficou impossibilitado de jogar após testar positivo no exame antidoping.

    Já em 2013, o atacante Vitinho despontava como um dos grandes destaques até ser vendido para o futebol russo. Aquele Botafogo, que também tinha nomes como Seedorf, conseguiu vaga na Libertadores mas despencou em relação à disputa pelo título. A esperança para que 2023 siga um caminho diferente reside no fato de este ser um clube de futebol diferente. O time tem elenco mais balanceado, e estrutura melhor à anterior. O Alvinegro está se construindo como um novo clube de futebol.

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  • Tiquinho Soares e Luís Soares, pelo Botafogo em 2023Vitor Silva/Botafogo

    Dá a resposta quem fica

    É difícil ver um técnico de um time líder do Brasileirão, e candidato ao título, abandonando o barco. Caso a queda de rendimento de fato acontecer, a saída de Luís Castro cria um grande “e se?” na história da briga pelo título nacional. Quem vai responder às dúvidas, contudo, serão os jogadores e quem chegar para ocupar o espaço deixado.

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