Acabaram os milagres do Real Madrid na Champions League. E agora, como competir com o Manchester City?

Depois que o Manchester City marcou o primeiro de seus quatro gols no Etihad Stadium lotado na última quarta-feira (17), o Real Madrid ficou visivelmente abalado. Vinícius Jr. reclamou e gesticulou para o técnico Carlo Ancelotti, enquanto Karim Benzema reuniu a equipe em um grupo.

Os Blancos, normalmente a "aparência de calma" da Liga dos Campeões, estavam mostrando os mesmos sinais de pânico que uma série de times da Premier League, que vão à casa do City, mostram toda semana. E a situação só piorou a partir daí: o City balançou as redes do Real mais três vezes antes do fim do jogo, com a experiente equipe espanhola parecendo cada vez mais perdida a cada gol.

Para o City, essa foi uma classificação digna. Os Cityzens flertam com a glória da Liga dos Campeões há quase 10 anos. Eles chegaram perto em muitas ocasiões, principalmente, é claro, quando perderam a final de 2021 depois de um dos grandes atos de Pep Guardiola, que foi o de se deixar levar pela ansiedade. Com a Inter de Milão como adversária na decisão, no entanto, parece mais provável que este seja finalmente o ano da equipe inglesa.

Para o time de Madri, no entanto, isso parecia muito com o fim. Os Blancos ainda serão um dos principais nomes do futebol europeu - clubes dessa magnitude não são simplesmente "eliminados" da disputa. Mas em Manchester, da forma que aconteceu, parecia ser o último capítulo de um dos maiores times do Velho Continente.

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Essa mistura de jovens e experientes atletas era um time quase idêntico ao que derrotou o Liverpool na final da Liga dos Campeões em 2022. Na quarta-feira, os integrantes mais velhos do elenco pareciam ter a idade que tinham, enquanto o grupo juvenil parecia tão inexperiente quanto suas idades sugerem. Para jogadores com qualquer outra camisa, ser superado pelo time mais terrível da Europa fora de casa talvez seja perdoável. Mas este é o Real Madrid, um time que ganhou cinco das últimas nove Ligas dos Campeões. Só as aparições nas semifinais já são uma decepção.

Essa pode ter sido a última chance real de glória na Champions League para Luka Modric, Toni Kroos, Karim Benzema e Dani Carvajal. Todos os quatro ainda são excelentes jogadores de futebol, mas mostraram no confronto que não se pode mais contar com eles para vencer os maiores jogos. Na maioria dos casos, é permitido fazer exibições ruins, mas não é permitido fazer isso quando se joga no Real Madrid. E se isso acontecer, é melhor que não seja contra o City na semifinal da Liga dos Campeões.

Portanto, as mudanças virão. Um técnico pode ser demitido, jogadores serão transferidos e outros contratados. As posições podem ser reajustadas e as táticas podem até ser alteradas. Mas como tudo isso se encaixa, que mudanças podem ser feitas para renovar - não necessariamente reconstruir - uma equipe ainda promissora? A GOAL analisa como o Real Madrid pode voltar ao seu nível habitual e tentar diminuir a diferença cada vez maior entre eles e o City.