Vinícius Júnior tem sido o grande protagonista do Real Madrid na atual temporada. Cada vez mais completo no nível mais alto do esporte, o jovem se colocava definitivamente como um postulante aos prêmios de melhor jogador do mundo no calendário 2022/23. Mas a eliminação na semifinal da Champions League para o Manchester City, menos pela queda em si e mais por ter sido com goleada e banho de futebol dos ingleses sobre os espanhóis, parece adiar um pouco a espera para vermos novamente um brasileiro com uma Bola de Ouro (ou um FIFA The Best) em mãos.
O motivo é claro: tais premiações individuais costumam ser dadas a jogadores que, no mínimo, chegam a uma final de Champions League -- exceção em ano de Copa do Mundo. Vini vinha sendo decisivo praticamente em todos os jogos do mata-mata europeu, mas esteve apagado no Etihad Stadium enquanto o Manchester City se agigantava rumo à grande final. Com o foco voltando para o clube inglês, especialmente para Erling Haaland, e com o Real Madrid terminando a atual temporada sem o Campeonato Espanhol e “só” com uma Copa do Rei, a expectativa de Vini como melhor do mundo em 2022/23 despenca.
A questão aqui não é merecimento. É observar o padrão de escolha das premiações. Neste século, apenas Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, exceções em um longo período de duopólio, conseguiram receber a Bola de Ouro em temporadas sem título de Copa do Mundo, Champions League ou campeonato nacional. E Vini Júnior ainda não está neste nível de unanimidade histórica. De qualquer forma, é de se esperar o brasileiro em posição de protagonismo nas próximas premiações. Se continuar a jogar como vem jogando, tais reconhecimentos acabam vindo com o tempo.
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