8 motivos para o Brasil querer (e não querer) Ancelotti como técnico da seleção

Ser o primeiro treinador estrangeiro a comandar de forma consistente a seleção brasileira gera uma bifurcação sentimental: existe a honra pela tarefa, mas também uma responsabilidade extra. Carlo Ancelotti não chegaria como uma espécie de “salvador da pátria”. Será que ele é capaz de lidar com tal pressão?

Ancelotti é um cidadão do mundo. Treinou clubes de diversos países e jogadores das mais diferentes nacionalidades. Carlo pode até conhecer noções básicas da língua portuguesa, mas dificilmente é um idioma dominado pelo italiano. O quanto isso pode influenciar a sua relação com imprensa e dirigentes?

Carlo Ancelotti já sabe do interesse da CBF em contratá-lo, mas garante que seu objetivo é cumprir com o seu contrato com o Real Madrid, que vai até a metade de 2024. Ainda que dificilmente espere tanto, a CBF já vem esticando a corda no prazo e pode esperar ainda mais neste 2023. Vale a pena ou é melhor virar a página e buscar outra opção?

Ancelotti é um profundo conhecedor do jogador brasileiro, mas não tem a mesma intimidade com o sistema de clubes do nosso futebol. Ainda que a maioria de seus convocados estejam na Europa, é obrigação do técnico da seleção saber muito bem o que acontece nos gramados do Brasil.

Uma das partes positivas em se ter Carlo Ancelotti como técnico, é que o histórico do italiano indica grande chance de sucesso em relação a títulos. Ancelotti é um dos treinadores mais vitoriosos da história, inclusive quando o assunto é Champions League.

Ancelotti tem títulos nacionais por clube da Itália, Inglaterra, Alemanha, França e Espanha. Ou seja, nas cinco principais ligas do futebol europeu. Não se faz isso à toa e sem um profundo conhecimento do esporte.

Quando pensamos em Carlo Ancelotti, lembramos que alguns dos melhores jogadores de nossa história tiveram o melhor rendimento de suas carreiras sob o comando de italiano. Estamos falando de gente como Dida, Cafu, Marcelo, Casemiro e Kaká. E a lista de grandes craques que tiveram bom desempenho com Ancelotti ainda inclui nomes como Ronaldo Fenômeno.

Além do histórico com nomes do passado, Ancelotti também tem um profundo conhecimento e intimidade com jogadores importantes da seleção brasileira, como Casemiro, Éder Militão, e especialmente Rodrygo e Vinícius Júnior – que evoluíram substancialmente sob o seu comando.