030719 Chile Perú Yoshimar Yotún Edison FloresCarl de Souza/Getty

Vingado e mais cascudo, Peru promete 'algo novo' contra o Brasil na final da Copa América

Na Copa América do pior início possível, o Peru se rehabilita de maneira fantástica e chega para a final no Maracanã contra o anfitrião Brasil, no dia 7, com muito mais do que a chance de brigar por seu primeiro caneco em 44 anos. Afinal de contas, estamos falando da mesma geração que, há quatro anos, viu a mesma oportunidade escapar diante do Chile - que, hoje, cai diante de uma atuação brilhante de Paolo Guerrero, Christian Cueva e cia.

A revanche é um prato que se come frio - e o clima em Porto Alegre contribuiu para isso, com as temperaturas caindo abaixo dos 10 graus conforme a noite avançou nesta quarta-feira, 3. E também com requintes de crueldade, por que não? Depois de Aránguiz perder a primeira das (poucas) chances chilenas, Flores apareceu como surpresa na área para desviar e mudar completamente o diagrama de forças na Arena do Grêmio.

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Acostumado a tentar o comando do jogo, o time de Reinaldo Rueda sentiu. E até mesmo Arias, depois de uma Copa de poucos erros, comprometeu: no lançamento longo, Carrillo ganhou na corrida do camisa 1 e cruzou para Yotún, improvável herói, dominar e chutar para a meta vazia, anotando aquele que foi o gol que selou a vitória. Mais um resultado surpreendente do time que, há poucos dias, eliminava o igualmente favorito Uruguai na 'loteria' dos pênaltis na Arena Fonte Nova.

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(Foto: Carl de Souza/Getty Images)

Mas o resultado passou longe de uma jornada fortuita para os incas. O time de Ricardo Gareca defendeu com vontade e precisão, complicava a vida de Vidal e Fuenzalida com marcação por vezes adiantada e encontrava Cueva, Guerrero e Carrilo com frequência para os contragolpes. Quando isso não funcionou, Gallese - o mesmo dos 5 a 0 sofridos para a seleção brasileira na fase de grupos - se agigantava a cada tentativa de Alexis Sánchez e Vargas. No fim, troca de passes com direito a 'olé' e até mesmo um gol de seu camisa 9, um dos principais 'alvos' da torcida adversária nesta noite.

Mais cascudo, e ao mesmo tempo mais leve com sua 'missão cumprida', o Peru faz história com sua terceira decisão de Copa América em solo brasileiro. No Rio de Janeiro, se o Brasil não conseguir novamente um gol logo cedo, é bom estar preparado para um adversário bem diferente daquele mesmo que o ajudou a se reabilitar no torneio há algumas semanas.

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