Imagem geral do estádio Nacional de Santiago, no ChileDivulgação/Libertadores

Um novo capítulo para a história da Copa Conmebol Libertadores

Toda edição da Conmebol Libertadores tem algo a ser lembrado. No entanto, o 60º capítulo do torneio será ainda mais histórico. Pela primeira vez, o campeão da principal competição entre clubes das Américas sairá de um jogo único e em campo neutro. 

O palco escolhido foi o Estádio Nacional do Chile, na capital Santiago, e a grande decisão está marcada para 23 de novembro. 

Serão 90 minutos de muita disputa, rivalidade e muita emoção para conhecer o novo vencedor da Liberta. Com o duelo único, não haverá espaço para erro e um lance pode decidir quem levantará a tradicional taça!

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A iniciativa de realizar a final da Conmebol Libertadores em partida única aproxima a competição sul-americana da Uefa Champions League e da Liga Europa, os dois principais torneios entre clubes do Velho Continente. 

“Essas decisões se devem ao objetivo estratégico de promover o desenvolvimento esportivo do futebol sul-americano por meio de maiores recursos, mais investimentos e melhores padrões em todos os níveis. Além de gerar mais receita para reinvestimento no desenvolvimento esportivo, as finais únicas serão uma grande oportunidade para a América do Sul dar um grande salto em infraestruturas esportivas, organização de eventos, controles de segurança, conforto e atenção nos estádios. Além de promover torneios regionais e mundiais, clubes e jogadores, disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, ao site oficial da Conmebol.

Invasão a Santiago

Na Champions League, desde a primeira edição, em 1956, o campeão é conhecido após 90 minutos, em estádio escolhido previamente. A decisão praticamente para a Europa, e o mundo, e faz milhares de torcedores viajarem pelo continente para acompanhar o duelo de perto.

É o mesmo que se espera para a grande final da edição atual da Conmebol Libertadores. Torcedores de todos os cantos da América do Sul terão como destino Santiago, que será a capital do futebol sul-americano.

A cidade receberá milhares de fãs em busca de uma experiência única: ter uma capital nacional voltada para o esporte por uma semana. O comércio local será impactado diretamente com o turismo e patrocinadores poderão explorar ao máximo o evento, com ativações especiais.

"A final única tem tudo para ser um sucesso. Tem o ineditismo, a audiência deve ser boa, tudo será canalizado para uma cidade. Deve gerar um grande impacto em termos comerciais e de marketing", disse Amir Somoggi, sócio diretor da Sports Value e especialista em marketing esportivo. 

Já se sabe que o Estádio Nacional do Chile sediará uma final recheada de rivalidade, pois um time brasileiro e um rival argentino ficarão frente a frente na luta pela taça. Inaugurado em 1938, o estádio tem importância histórica e esportiva para os cidadãos locais. 

A Conmebol disponibilizará aproximadamente 46 mil ingressos para a grande decisão, sendo 12 mil para cada clube finalista. O restante será liberado para o público em geral, patrocinadores, camarotes e áreas VIP. Além disso, já há movimentação entre os torcedores nas redes sociais para grandes caravanas em direção à capital chilena.

A última vez que o estádio foi palco de uma decisão de Libertadores foi em 1993, quando São Paulo e Universidad Católica duelaram pela taça. No jogo de ida, em São Paulo, goleada do Tricolor por 5 a 1. No jogo de volta, desta vez no estádio Nacional em Santiago, o São Paulo perdeu por 2 a 0, mas mesmo assim sagrou-se campeão do torneio.  

Portanto, resta saber qual torcida comemorará por último e vai colorir ainda mais as ruas de Santiago com o azul de Boca ou Grêmio ou o vermelho de River ou Flamengo. 

Imagem geral do estádio Nacional de Santiago, no ChileDivulgação/Libertadores
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