Ao contratar Neymar por 222 milhões de euros antes do início da última temporada, transformando o brasileiro no jogador mais caro da história do futebol, o Paris Saint-Germain esperava contratar um craque que faria a diferença nos grandes jogos e levaria o clube ao sonho do título da Champions League.
A prática, porém, tem ficado bem distante da teoria.
Neymar tem sido espetacular em alguns momentos e tem ótimos números, é verdade. Foi eleito o craque da última Ligue 1 e vital na recuperação da hegemonia doméstica do PSG na última temporada. No entanto, nos grandes e decisivos jogos, quando mais se espera que o brasileiro faça a diferença, ele tem desaparecido.
Foi assim nas oitavas de final da última temporada da Champions League, quando teve atuação apagada enquanto Cristiano Ronaldo brilhou na vitória do Real Madrid sobre o PSG, no duelo de ida. Na partida de volta, o camisa 10 tupiniquim, lesionado, não atuou.
Nesta temporada, Neymar brilhou marcando três gols contra o Estrela Vermelha, na goleada por 6 a 1, mas foi apagado na derrota por 3 a 2 para o Liverpool, em Anfield Road, e, nesta tarde, novamente teve atuação muito aquém do esperado no empate por 2 a 2 com o Napoli, em pleno Parc des Princes, que complicou a vida do PSG na Champions League, deixando o time francês em situação complicada para avançar ao mata-mata.
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O camisa 10 tentou e tentou muito, mas produziu pouco. Ele foi quem mais driblou pelo PSG durante o jogo (12 vezes), finalizou duas vezes ao gol adversário e deu quatro passes decisivos, sendo o líder do time francês nas estatísticas. Por outro lado, ele perdeu a posse de bola em 27 oportunidades, mais do que qualquer outro jogador durante a partida, e fez pouco, sendo nada efetivo.
Novamente, não foi o brasileiro quem salvou os parisienses, e sim outro atleta. Já ocorreu anteriormente com Mbappé, e desta vez foi Di María quem apareceu nos minutos finais para impedir a derrota do PSG com um golaço.
Em um grande e decisivo jogo, contra um forte adversário, Neymar foi mais uma vez decepcionante, tendo atuação apagada e muito aquém do esperado. O craque contratado para as maiores e mais importantes partidas tem sumido nelas e brilhado nos "duelos menores".