Dizer que Vinícius Júnior é o melhor brasileiro em ação no futebol europeu é cada vez mais uma constatação, não apenas uma opinião. Aos 21 anos, ele não apenas tem decidido de forma constante os jogos do Real Madrid: está encantando.
Contra o Valencia, no duelo do último fim de semana pela 20ª rodada da liga espanhola, Vini fez um golaço após se livrar de três marcadores usando a habilidade de drible rápido, que sempre esteve em seu cardápio de opções, e completando a jogada com uma finalização sem erros – característica que floresceu nesta campanha. Depois, fez o 2 a 0 que encaminhou mais um triunfo do líder isolado desta La Liga (que venceu por goleada de 4 a 1). Apenas Karim Benzema, seu companheiro de time, marcou mais vezes no certame nacional (17 a 12). Considerando todas as competições, Vinícius já soma 14 gols e sete assistências.
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O momento de Vinícius Júnior nos holofotes contrasta com os de Neymar, longe das notícias futebolísticas enquanto se recupera de uma lesão no tornozelo sofrida em novembro de 2021. Depois de um período se recuperando em seu santuário particular de Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro, o maior craque brasuca de sua geração retornou para Paris. Já na capital francesa, o camisa 10 vai engatar a fase final de sua recuperação.
Em que pese o problema físico, Neymar já não vinha fazendo um bom início de temporada pelo Paris Saint-Germain. Ainda assim, é impensável imaginar a seleção brasileira sem ele na Copa do Mundo que será realizada em novembro deste ano. Neymar só não estará trajado com a camisa canarinho no Qatar caso algo muito sério aconteça – e tomara que não aconteça!
Ou seja: caso Vinícius siga jogando o que tem jogado até o fim deste 2022, a pressão sobre Tite para escalar o jovem ao lado de Neymar promete ser um dos principais temas até a bola rolar pelo Mundial. Existiria alguma incompatibilidade pelo fato de ambos estarem mais acostumados a jogarem no lado esquerdo de ataque? A tendência é que não.
Neymar, afinal de contas, passou a atuar mais vezes pelo corredor central desde sua chegada ao PSG. Não fica apenas preso na ponta-esquerda, que hoje é território de Vinícius Júnior. Talvez o problema caia mais para a questão da estrutura do time, dentro do quebra-cabeças que só um treinador como o designado a comandar uma seleção brasileira tem a obrigação de resolver.
O que vai acontecer até o início da Copa do Mundo de 2022 é uma incógnita, mas não é preciso ser um gênio para prever que a discussão envolvendo a necessidade de Tite escalar Vinícius Júnior e Neymar entre os titulares é uma questão de tempo.
