Após quase seis meses presos no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis, foram liberados nesta segunda-feira (24) para retornar ao Brasil. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Amarilla, em audiência realizada às 15h de Brasília (14h de Assunção, no Paraguai), no Palácio da Justiça.
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A liberação de Ronaldinho e Assis começou a tomar forma há duas semanas, quando o Ministério Público do Paraguai finalizou as investigações sobre o caso e decidiu não apresentar nenhuma nova denúncia contra os irmãos, acusados de porte de passaportes falsos em solo paraguaio.
A suspensão do processo foi concedida a partir do pagamento de duas multas sugeridas pela promotoria e aceitas pela defesa dos brasileiros: uma no valor de 110 mil dólares (R$ 615 mil na cotação atual), para Roberto de Assis, e outra no valor de 90 mil dólares (cerca de R$ 500 mil), para Ronaldinho.
Além da quantia, a cada quatro meses Roberto Assis terá que se apresentar ás autoridades brasileiras. Segundo as investigações, ao contrário de seu irmão, Ronaldinho não sabia que estava em posse de documentos adulterados.
Relembre o caso e a prisão de Ronaldinho no Paraguai
Reprodução/TwitterRonaldinho Gaúcho e Assis foram presos no dia 6 de março, acusados de terem entrado no Paraguai portando passaportes falsos e documentos adulterados, dados a eles pelo empresário Wilmondes Souza Lira, que também foi preso em solo paraguaio.
Os dois chegaram a admitir o crime, que tem como pena prevista o pagamento de multa. No entanto, o Ministério Público a Justiça do Paraguai entenderam que uma prisão preventiva era necessária para que esse e outros possíveis crimes fossem investigados. Então, a dupla foi levada à Agrupación Especializada, penitenciária especial para ex-políticos, dirigentes de futebol e traficantes influentes.
ReproduçãoAs semanas do brasileiro na prisão foram muito bem divulgadas, com direito a campeonato do futebol, cujo prêmio era um leitão e "tietagens" de policiais, e partidas de futevôlei enquanto seus advogados tentavam fazer com que o ex-jogador respondesse ao processo em prisão domiciliar.
Após um mês em Agrupación, os irmãos conseguiram uma transferência para cumprir prisão domiciliar no luxuoso Hotel Palmaroga, também em Assunção. A decisão foi tomada pelo mesmo Gustavo Amarilla, que acompanha o caso desde o início, mediante pagamento de uma fiança no valor de 1,6 milhão de dólares. Na audiência em que o pedido da defesa foi aceito, R10 chegou a mandar um "hang-loose" para o juiz antes de ser transferido para o hotel onde ficou os últimos meses.
No Palmaroga, Ronaldinho e Assis foram os únicos hóspedes e ocuparam duas suítes premium no valor de 350 dólares de diária cada. Impedido de receber visitas devido a pandemia no novo coronavírus, o campeão do mundo com o Brasil em 2002 passou suas horas de lazer sem um esquema rígido, com algumas idas ao ginásio e passeios pela área comum do prédio.
Então, depois de cinco meses de investigação, o Ministério Público do Paraguai retirou a denúncia contra os irmão, que foram a novo julgamento nesta segunda-feira e conseguiram a liberação para retornar ao Brasil.


