Luiz Felipe Scolari sempre foi conhecido pela força de suas equipes em competições de mata-mata. Não é à toa que dos 18 títulos conquistados em sua vitoriosa carreira, 12 deles são de competições eliminatórias, incluindo a Copa Libertadores da América e a Copa do Mundo. Todavia, seu retrospecto recente parece indicar uma mudança: Felipão foi campeão do Brasileirão com o Palmeiras no ano passado, mas vem caindo em competições eliminatórias desde antes do título do certame nacional. A eliminação para o Internacional agravou algumas críticas que vêm sendo feitas ao trabalho de Scolari.
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Ao total foram quatro eliminações em menos de um ano. Duas na Copa do Brasil, uma na Libertadores e uma no Paulistão. O calvário começou no dia 26 de setembro de 2018, quando, depois de perder o primeiro jogo em casa, empatou com o Cruzeiro em Minas Gerais e deu adeus à Copa do Brasil. Um mês depois chegaria a dura queda para o Boca Juniors na semifinal da Libertadores. O Boca venceu por 2 a 0 em La Bombonera e empatou com o Verdão por 2 a 2 no Allianz Parque, três dos quatro gols dos argentinos foram marcados por Darío Benedetto.
Já em 2019, o Verdão chegou totalmente favorito para enfrentar o São Paulo na semifinal do Paulistão. O primeiro jogo acabou em um empate sem gols no Morumbi, e o segundo terminou da mesma forma no Allianz. Ali, Thiago Volpi brilhou nos pênaltis e impôs mais uma eliminação a Felipão e seus comandados. Por fim, na última quarta-feira (17), o Internacional conseguiu o gol que precisava após perder o jogo de ida por 1 a 0, e levou a decisão para os pênaltis. Gustavo Gómez e Moisés erraram as cobranças e a vaga na semifinal da Copa do Brasil ficou com o Colorado.
Curioso notar é que em nenhuma das partidas de volta o Palmeiras venceu. Foram três empates (Cruzeiro, Boca e São Paulo) e uma derrota (Internacional). Tal retrospecto mostra uma clara deficiência no ataque e nomes como Deyverson e Dudu pouco têm aparecido em momentos necessários.
O experiente treinador pode estar vivendo um novo período de suas ideias e sua concepção de jogo. A zaga segura e o ataque não tão eficiente assim podem até ser mais úteis em competições longas e de pontos corridos, como é o Brasileirão, mas esse estilo já vem demonstrando sucessivas deficiências em torneios em que há pouco tempo para se decidir um jogo.
O próximo desafio de Scolari e dos seus comandados em competição eliminatória é a Libertadores da América, na qual o Verdão enfrenta o Godoy Cruz e procurará quebrar essa escrita negativa que assombra não apenas o técnico, mas todo o elenco palestrino.
