Andrea Agnelli, presidente da Juventus, continua defendendo a participação e a criação da polêmica Superliga Europeia. Segundo o cartola, não houve tentativa de golpe no projeto dos 12 clubes fundadores da competição.
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A Juventus, junto com os gigantes espanhóis Barcelona e Real Madrid, ainda não desistiu do projeto da Superliga Europeia, que inicialmente contava com 12 times fundadores. E, apesar de toda a polêmica e das promessas de sanção por parte da Uefa, o presidente da Velha Senhora segue defendendo a criação da nova liga de clubes.
"O sistema é hoje ineficiente. A Superliga não foi um golpe de estado, mas um grito desesperado de alerta para um sistema que já estava à beira do colapso antes da pandemia, e está caminhando para um estado de insolvência", disse Agnelli, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (4). "Não se pode deixar de reconhecer que o futebol europeu está concentrado em um monopólio do poder executivo, econômico e jurídico, reservando à UEFA a responsabilidade quase arbitrária de atribuir licenças".
"Lembro-me de uma proposta de 2019 entre a ECA [Associação Européia de Clubes] e a Uefa, que eu achei excelente e, de fato, foi apoiada pelos clubes da segunda, terceira e quarta divisões", completou.
O presidente da Juve também contestou a possibilidade apresentada pela Uefa de punir com sanções os três times que ainda não desistiram do projeto da Superliga. Segundo Agnelli, a base jurídica é sólida.
"Os clubes sempre pediram comunicação com a Uefa, que reagiu batendo a porta e fazendo ameaças graves e arrogantes contra os três clubes que permanecem na Superliga, ignorando totalmente o veredicto do tribunal de Madri e aguardando o veredicto do tribunal europeu. Podemos assegurar que a base legal para o projeto é sólida", disse o presidente.
"Este tipo de atitude da UEFA não é como se reforma o futebol. Nosso desejo de dialogar com a Uefa e a Fifa permanece inalterado. Outros esportes modificaram seu formato ao longo dos anos, tais como a Euroliga de basquete, trazendo grandes benefícios para torcedores, clubes e jogadores", completou.
"Quase todos os interessados defendem que o futebol tem que ser reformado, mas aqueles que fazem propostas são demonizados. A Juventus, o Real Madrid e o Barcelona pretendem continuar com as propostas, também em solidariedade com aqueles que tinham muito medo de se apegar a elas", finalizou Agnelli.
O projeto inicial da Superliga contava com 12 times, dos quais só restaram Juventus, Barcelona e Real Madrid após pressões da Uefa, das federações nacionais e até dos torcedores. Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Inter de Milão, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham desistiram.


