Thiago Santos Palmeiras J. Wilstermann Libertadores 03052017Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Palmeiras tem bom substituto para Felipe Melo, mas precisará de ajustes

A punição para Felipe Melo está definida: ele pegou seis jogos de suspensão na Copa Libertadores por ter agredido Matías Mier durante confusão entre Peñarol-URU e Palmeiras, em 26 de abril. O Palmeiras ainda vai tentar recorrer para reduzir essa pena. Mas o time também precisa olhar para frente e pensar em quem será o substituto de Felipe. 

Tudo indica que será Thiago Santos, o que é um bom indício: além de ter características defensivas parecidas com as de Felipe Melo, ele tem experiência, pois foi fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 2016. Quando Cuca precisou de um time mais competitivo na marcação, na reta final, Thiago virou titular absoluto e fez boas partidas. Além disso, ele tem um temperamento bem mais tranquilo do que Felipe, dando mais tranquilidade e fazendo menos faltas.

Veja números de Thiago no Brasileirão de 2016:

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Mas o Palmeiras também tem motivo para se preocupar, pois a qualidade de passe de Thiago Santos é inferior. Ele mesmo admitiu isso recentemente: "venho trabalhando bastante, sempre me cobraram para trabalhar a saída de bola. Espero que os jogadores não sintam a diferença. Todos sabem da qualidade que o Felipe Melo tem e o que acrescenta ao elenco, mas venho trabalhando forte para quando o Eduardo precisar de mim eu dar conta".

Felipe Melo - Palmeiras x Ponte Preta - 22/04/2017Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Essa afirmação foi feita antes do jogo contra o Jorge Wilstermann, no qual Felipe Melo cumpriu suspensão provisória. E o Palmeiras sentiu a diferença: teve dificuldades na saída de bola e perdeu por 3 a 2, resultado que culminou na demissão do técnico Eduardo Baptista.

Agora cabe a Cuca fazer um ajuste e resolver esse problema. Não precisa necessariamente tirar Thiago Santos. A solução passa principalmente por Tchê Tchê, que terá que fazer um papel duplo: recuar, como um primeiro volante, para buscar a bola junto aos zagueiros e depois também aparecer na frente como elemento surpresa. Ele fez isso em alguns momentos em 2016, quando o meio-campo do Palmeiras foi formado por ele, Moisés e Cleiton Xavier. Então tem capacidade física e mental para dar conta do recado. Caberá a Cuca enxergar isso e tirar o melhor do seu jogador.

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