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Messi chega para a Copa América com a certeza da solidão na Argentina

Lionel Messi é a grande esperança para a Argentina acabar com o jejum de títulos na seleção principal, que já perdura desde 1993. Os anos vão passando e esta frase, por mais verdade que seja, parece ser a repetição de uma vitrola quebrada – ou de um reprodutor de mp3 danificado. Para a Copa América de 2019, que será realizada no Brasil a partir de 14 de junho, o camisa 10 na realidade parece ser o único motivo de otimismo para a Albiceleste.

Otimismo que não é baseado no histórico de conquistas de Messi pelo seu país. Muito pelo contrário, já que na prática é algo que não existe . Além disso, o ídolo do Barcelona esteve em campo nas últimas duas finais continentais sem conseguir fazer a diferença a favor da Argentina. Em 2016, na última delas, perdeu um dos pênaltis na disputa alternada que terminou com título do Chile na Copa América Centenário. Outra vez, a esperança dos nossos hermanos é ver Lionel repetir com as cores branco e azul o que ele faz com a indumentária blaugrana do Barça.

Pois embora os catalães mais uma vez tenham decepcionado na Champions League, com o agravante de terem sofrido uma nova remontada histórica, a temporada 2018-19 de Messi é uma das mais espetaculares em toda a sua carreira. Considerando todas as competições, foram 50 gols e 19 assistências – ninguém conseguiu tanto nos dois quesitos. Na própria derrota por 4 a 0 para o Liverpool, que mais uma vez acabou com as esperanças de glória europeia, o camisa 10 criou boas chances. Fosse um jogador comum, teria sido uma excelente exibição apesar do resultado. Mas com Messi a crítica exige mais. Ele mesmo nos deixou mal-acostumados.

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Lionel Messi FC Barcelona Manchester United Champions League 16042019Getty ImagesMessi encantou na temporada, mas o Barça deixou a desejar na Champions (Foto: Getty Images)

Com mais um título espanhol e artilharia nos braços, e favorito para a quinta conquista seguida de Copa do Rei, Lionel Messi foi o único fator de encanto em um Barcelona cada vez mais pragmático para a sua história. Mas ainda que Ernesto Valverde mereça todas as críticas atuais, especialmente por causa das seguidas ‘panes’ na Champions e, também, pelo modelo de jogo, é inegável que existe um trabalho no Camp Nou. Um que não é ideal, mas ainda assim um trabalho. O problema para a Argentina e também para o seu maior craque é que nem isso acontece na seleção.

Lionel Messi Argentina Venezuela 22032019Na Argentina, atuações boas para um grande jogador... mas não o bastante para um craque do quilate de Messi (Foto: Getty Images)

Depois da insossa campanha no Mundial de 2018, com eliminação nas oitavas de final para a futura campeã França (mas com uma primeira fase titubeante), Jorge Sampaoli deixou a Argentina e Lionel Scaloni assumiu interinamente o time. Foi ficando, ficando... e lá está até hoje. Em oito amistosos realizados no pós-Copa, venceu cinco. O adversário mais difícil batido foi o México, derrotado duas vezes. Contra a Colômbia ficou no empate e contabilizou derrota por 1 a 0 para o Brasil. O último revés foi diante da Venezuela, na partida que marcou o retorno de Messi. O camisa 10 seguiu o seu roteiro de tortura: precisando voltar mais para buscar a bola e criar jogadas, teve uma exibição boa... mas não no nível Messi.

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Em sua convocação para a Copa América, Scaloni renovou 60% do grupo que disputou o Mundial. São muitas caras novas. Além de não estarem acostumados a jogarem com Messi, não há um senso de equipe bem estabelecido. Falta entrosamento, sobra improviso. Depois de fazer uma temporada de destaque, mas na qual encontrou-se um pouco mais isolado no Barcelona, o camisa 10 argentino chegará no Brasil com a expectativa de que precisará resolver praticamente tudo sozinho.

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